Vereador
Em 1º de outubro (próxima segunda-feira) é comemorado o “Dia do Vereador”. Mais que comemorar, é também uma data para se refletir sobre o verdadeiro papel do Vereador na sociedade, sua importância no município em que atua. Ele é o elo entre a população e o Poder Executivo. É importante que o vereador assuma verdadeiramente seu papel na investidura do cargo, uma vez que, sem exagero, ele pode ser considerado o “espelho da comunidade” e o ponto de referência dos anseios populares. O vereador tem, na verdade, uma responsabilidade social muito grande, que vai bem além da função de fazer leis e fiscalizar os atos do Executivo. Por estar mais presente na comunidade, em contato direto com a população, é o vereador quem recebe diariamente toda a carga de reclamações e de pedidos diversos. É ele que tem que ouvir as críticas – quase nunca elogios – e, na medida do possível, atender o eleitor e/ou encaminhar a demanda aos órgãos competentes.
Entrega e doação
Talvez até por uma questão cultural que se criou no nosso país, raramente se elogia o político detentor de cargo eletivo, talvez porque, entre eles, há os que muitas vezes não fazem por merecer, não cumprem seu papel. Mas não podemos radicalizar e muito menos generalizar. Pensemos no lado positivo, no bom vereador, na boa vereadora, que se entrega e se doa, em defesa da causa que é nobre e a sociedade merece ter a reciprocidade da confiança depositada. A resposta que cada Vereador pode, e deve dar, é o trabalho, a dedicação e a intervenção sistemática junto aos órgãos competentes, no sentido de que as suas ações possam resultar na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, para o bem de toda a coletividade. Afinal, ao meu ver, “ser Vereador, é ter consciência das necessidades do povo que lhe conferiu a missão de bem representá-lo”.
Aliás
Não vejo fundamento no surrado argumento de que o vereador não tem muito o que fazer. Creio que ele tenha sim, muito o que fazer. Por exemplo, além das atribuições de legislar e fiscalizar, “cabe ao parlamento municipal que seja o principal ‘instrumento’ de constante debate com a sociedade, refletindo os interesses da opinião pública e o bem-estar da coletividade”.
Nossa mensagem
Especialmente aos vereadores dos municípios de circulação deste semanário JC, a coluna parabeniza-os, por cumprirem o seu papel de fiscalizadores e representantes do povo, comprometidos com o seu município, e que cresçam junto com a sua cidade. Ele, o vereador, cumpre seu mister, desempenha seu papel de mostrar os problemas da comunidade e busca providências junto aos órgãos competentes. Mas, não é só isso. O vereador é o fiscal do dinheiro público, o representante do povo, é um assistente social muitas vezes, um orientador, enfim, é o representante legítimo. Nos diversos papéis do vereador, há que se considerar a coragem e discernimento de concordar com o que considera certo e discordar com o que considera errado, priorizando o benefício coletivo, tendo nisso a maior importância. Parabéns aos vereadores por seu dia.
Pessoa idosa
Também, em 1 de outubro, portanto, segunda-feira que vem, é celebrado o Dia da Terceira Idade, que é a data onde são lembrados os idosos e a importância dos cuidados e da valorização dos mesmos na sociedade. No Brasil, o ano de 2018 passou a ser considerado o Ano da Valorização e Defesa dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa. É o que estabelece a Lei 13.646/2018. A nova lei estipula a realização de palestras, eventos, ações conjuntas da administração pública para incentivar a valorização do idoso. Aliás, como bem disse a relatora do projeto, “a realidade dos idosos no Brasil não é de consideração e respeito. É preocupante, principalmente pela falta de valorização, pela descriminação e pelo desrespeito e, em especial, pela falta de políticas públicas que protejam e garantam tudo que a lei traz de direitos às pessoas idosas”.
Abusos ao idoso
São frequentes e preocupantes os abusos contra idosos, caracterizados por abuso físico e psicológico, negligência ou exploração financeira. Cada tipo de abuso pode ser intencional ou não. Os agressores normalmente são os filhos adultos, mas podem ser outros membros da família ou cuidadores pagos ou informais. Os maus-tratos normalmente se tornam mais frequentes e graves ao longo do tempo. Contudo, menos de 20% dos casos de maus-tratos são relatados pela vítima (pessoa idosa).
A propósito
Você já viu, ouviu, presenciou, estimulou, “negligenciou ou praticou” algum tipo de abuso contra a pessoa idosa? Caso afirmativo, reflita e reveja suas atitudes para com os idosos. Até porque não tem jeito, é inevitável, ninguém escapa dessa fase da vida, ou seja, a última fase, a de “pessoa idosa”.
Tipos de abusos à pessoa idosa
Abuso físico – é o uso da força, resultando em danos físicos ou psicológicos ou desconforto. Isso inclui golpear, empurrar, sacudir, bater, restringir, administrar alimentação forçada e administrar medicamentos contra a vontade. Pode incluir violência sexual.
Abuso psicológico – é o uso de palavras, atos ou outros meios para causar estresse emocional ou angústia. Isso inclui ameaças, insultos, comandos difíceis. Assim como permanecer em silêncio e ignorar a pessoa. E, também, inclui infantilização (uma forma paternalista de preconceito de idade em que o autor trata o idoso como uma criança), o que incentiva o idoso a tornar-se dependente do agressor.
A negligência – é a falta ou recusa de oferecer alimentos, remédios, cuidados pessoais ou outras necessidades; também inclui o abandono. Negligenciar resulta em dano físico ou psicológico e é considerado abuso.
Abuso financeiro – é a exploração ou desatenção aos bens ou fundos do indivíduo. Isso inclui burlar, pressionar uma pessoa para distribuir bens e administrar de modo irresponsável o dinheiro do indivíduo. Segundo pesquisa, os abusos financeiros e negligência contra idosos são extremamente mais altos.
Difícil detectar
É difícil detectar o abuso à pessoa idosa, pois muitos sinais são sutis e muitas vezes a vítima é relutante ou incapaz de relatar sobre o abuso. Também, as vítimas podem esconder o abuso por vergonha, medo ou desejo de proteger o agressor. Ainda, às vezes, quando as vítimas de abuso procuram ajuda, encontram respostas preconceituosas à sua idade por parte dos profissionais, que podem, por exemplo, rejeitar as reclamações de abuso como um diagnóstico de confusão, paranoia ou demência.
Velho não, idoso sim
Nesta semana do idoso, a coluna que, dentre os idosos tem inúmeros e assíduos leitores, não vai deixar passar em branco a data comemorativa da maior importância, que é o Dia da Pessoa Idosa, por tudo que eles representam e o respeito que merecem. Cada fase da nossa vida é única, e como tal deve ser vivida. O dom da vida que nos foi dado deve sempre ser valorizado no momento atual, pois não sabemos até quando vai nossa missão nesse pequeno espaço que ocupamos. Afinal, idoso é quem tem o privilégio de viver uma longa vida; velho é quem perdeu a jovialidade. Você é idoso quando sonha, você é velho quando apenas dorme; você é idoso quando ainda aprende, você é velho quando já nem ensina; você é idoso quando se exercita, você é velho quando apenas descansa; você é idoso quando tem planos, você é velho quando só tem saudades. Para o idoso a vida se renova a cada dia que começa, para o velho a vida se acaba a cada noite que termina. Para o idoso o dia de hoje é o primeiro do resto da vida, para os velhos todos os dias parecem o último de uma longa jornada. Para o idoso o calendário está repleto de amanhãs, para o velho o calendário só tem ontens. Que o idoso tenha vida longa, mas que nunca fique velho. Um carinhoso e fraterno abraço aos idosos e às idosas, meus contemporâneos, distintos leitores da Penúltima Página.