Dia do Trabalhador Rural
Hoje, 25 de maio, é comemorado o Dia do Trabalhador Rural. A data homenageia todas as pessoas que trabalham nas zonas rurais, campos, fazendas com lavouras, agricultores, cuidadores de animais, etc. O Brasil sempre teve na agricultura e na pecuária suas maiores fontes de riqueza. Estima-se que, apesar do declínio com a mecanização do campo e a falta de oportunidades no setor, cerca de 15 milhões de pessoas ainda exercem atividades ligadas ao campo. Mas temos que ter a consciência e reconhecer que essa atividade é fundamental para que tenhamos alimentos de qualidade e quantidade para comer. Por isso, respeitar o trabalhador do campo como um profissional que merece todos os direitos é dever da sociedade e do governo.
Tensão e adrenalina
O filósofo holandês Spinoza dizia: “Não rir, não lamentar, não odiar, mas sim compreender”. Esta frase traduz os sentimentos antagônicos, que muitas vezes associam-se à forma como se fala da atuação da polícia. Mas creio que Spinoza teve muita lucidez ao opinar que “é preciso compreender”. Por exemplo, numa abordagem policial, a um ou mais bandidos que sabidamente são violentos e estão armados, é natural e compreensivo que a tensão do ser humano policial está a mil, e a adrenalina lá nas nuvens. Portanto, exige muito preparo profissional e controle emocional. Mas os imprevistos acabam por vezes acontecendo e fazendo vítimas de “fogo amigo”.
Fogo amigo I
A primeira DP de Cruz Alta concluiu no dia 18 de maio (sexta-feira da semana passada), a investigação que apurou a morte do Sgt. da Polícia Rodoviária Estadual, Náurio Adão Garcia Viana, ocorrida no dia 21 de agosto do ano passado. De acordo com o delegado Josuel dos Reis Muniz, que coordenou a investigação, no laudo da reprodução simulada do fato, os peritos do IGP foram conclusivos no sentido de que a vítima, provavelmente, foi atingida por disparo efetuado por um dos colegas que compunha a barreira para parar o suspeito Leomar Rempel, que conduzia um veículo roubado horas antes em Santo Ângelo. Ainda, segundo Josuel, embora o laudo não diga, categoricamente, que o disparo foi “fogo amigo”, ele ressalta a dificuldade que Leomar teria, em movimento, de manejar arma longa, bem como a circunstância de um dos PMs estar utilizando espingarda calibre 12 na ocasião e ter efetuado disparo.
Fogo amigo II
Porém, o fato do laudo ter concluído que a vítima foi atingida por “fogo amigo” não eximiu o “elemento” Leomar Rempel de ter cometido crime. O mesmo laudo demonstrou que Leomar jogou o carro contra o sargento Viana, que conseguiu a temo se esquivar, momento que se iniciou o tiroteio, e Viana foi atingido fatalmente. Segundo o delegado, os peritos não descartam que Leomar tenha feito disparos, porém, com o uso de arma longa isso seria quase impossível. Josuel ainda ressalta que uma outra perícia do IGP comprovou que foi um projetil de calibre 12 (doze) que atingiu e matou o sargento Viana. Finalizada a investigação a Polícia Civil indiciou o PM autor do disparo por homicídio culposo, no âmbito do Código Penal Militar, cuja pena é de 01 a 04 anos de detenção. Já, por ter jogado o veículo em alta velocidade contra o sargento Viana, o indivíduo Leomar Rempel foi indiciado por “tentativa de homicídio doloso”, triplamente qualificado contra agente da segurança pública, cuja pena prevista é de 12 a 30 anos de reclusão.
Sem importância
Soa um tanto estapafúrdio, mas é isso mesmo que estão fazendo os nossos deputados estaduais. De fevereiro de 2015 até agora, maio de 2018, foram sancionadas 158 propostas de autoria dos parlamentares. Desse total, 62% têm pouca influência na vida dos gaúchos. Dos 158 projetos aprovados no período, 98 se resumem a criar datas comemorativas, prestar homenagens ou incluir eventos no calendário oficial do Estado, como: Capital Estadual da Cerveja Artesanal; Berço das Cervejas no Rio Grande do Sul; Rota das Cervejarias Artesanais. Aloísio Classmann, por exemplo, aqui da Região Celeiro, dos seis projetos apresentados e aprovados, cinco incluem festas, eventos ou datas comemorativas no calendário oficial do Estado. Já dos 12 de autoria de Eduardo Loureiro, ali das Missões, sete têm finalidade semelhante. São projetos que não geram custos, mas também não têm importância alguma. Parece até que certos deputados não fazem outra coisa, ressalvando-se, obviamente, uma minoria de bons projetos. As 158 leis são de autoria de 48 parlamentares que passaram pela Assembleia na atual legislatura. Mas, pior ainda, são os demais (7) que não apresentaram ou não tiveram nenhum projeto próprio aprovado.
E as candidatas?
Mesmo os maiores partidos políticos gaúchos estão com dificuldades enormes para preencher a nominata de candidatas a deputadas, uma vez que a lei determina um índice de no mínimo 30% de candidatas mulheres. No MDB, por exemplo, há três candidatas a deputadas federais e sete a estadual, onde o mínimo esperado é de 15 e 25, respectivamente.