Uso do celular ao volante
Fim de ano, férias, viagens, época de intenso fluxo de veículos nas rodovias, exigindo dos motoristas muita prudência ao volante. Uma das grandes preocupações e risco nas estradas é o uso do telefone ao volante. Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego revelou que o uso de celular na direção já é a terceira maior causa de mortes de trânsito no Brasil. Essa combinação só perde em números de fatalidades para o excesso de velocidade e a embriaguez ao volante. Dados divulgados durante a Semana Nacional de Trânsito deste ano mostram que mesmo sabendo do perigo, muitos condutores não deixam de utilizar o celular ao dirigir. A imprudência beira à irresponsabilidade e à inconsequência desses motoristas. Cadê o valor à vida?
Aliás
O problema não está na legislação nem na fiscalização, mas sim na conscientização de todos que dirigem, em respeitar e seguir a lei, possibilitando um trânsito mais seguro para todos.
Capacidade intelectual
Segundo Celso Alves Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito, a capacidade intelectual do ser humano atualmente está classificada em oito inteligências: a da comunicação, a do raciocínio lógico, a da noção de espaço, a da coordenação motora, a do autoconhecimento e compreensão, a de se relacionar, a de se situar no meio ambiente e a da distinção e interpretação de sons. Para cada tarefa que realizamos utilizamos várias dessas inteligências. A habilidade de dirigir veículo exige do motorista a utilização de todas as oito. “Não são só os olhos que são desviados do trânsito, o pensamento, o foco, a atenção e a concentração são desviadas junto, quando o condutor responde uma mensagem, navega na internet, faz ou recebe uma ligação”, explica. Dirigir nessa situação é assumir todos os riscos pelo uso do celular ao volante, adverte Mariano.
Tarde demais!
Embora reconheçam os perigos, todos se acham capazes de usar telefones enquanto dirigem sem comprometer a segurança. Trânsito é compartilhamento, por excelência. E todos, percebemos muito pouco os riscos deste complexo ambiente. Confiamos que temos capacidade suficiente e vamos fazendo… até que aconteça um grande susto ou um acidente. Dai a ficha cai. Tarde demais para evitar a desgraça. Em tempo, talvez, para uma mudança de comportamento. Mas não dá para ficarmos esperando até que todos tenham uma experiência contundente que os torne mais responsáveis no trânsito.
Fisiologismo
É o MDB de sempre. “Há governo? Estamos dentro”. Em nível de Estado do Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (17), apenas 50 dias depois do segundo turno da eleição onde o tucano Eduardo Leite desbancou o emedebista José Ivo Sartori, o MDB gaúcho pôs de lado o ranço eleitoral e decidiu dar aval e participar do governo do PSDB, onde deverá ficar com o comando da Secretaria de Transportes, uma das maiores estruturas do governo, além de cargos no segundo e no terceiro escalões. A alegação do MDB é simplória e soa falsa, na tentativa de convencer a militância: o Estado é maior que os constrangimentos. Dos oito deputados eleitos do MDB, apenas dois foram contrários à adesão. Um deles, o Tiago Simon, foi claro e direto: “Indiscutivelmente, existe a marca do fisiologismo no nosso partido” – disse ele, pouco antes de ser voto derrotado.
Fisiologismo (2)
Como aqui no Estado onde o MDB teve candidato próprio ao governo na eleição de outubro, no âmbito federal a sigla também teve candidato próprio para presidente. Porém, como para os emedebistas o que interessa é participar do governo, deixaram as mágoas eleitorais de lado, e lá está o MDB pronto para participar do governo Bolsonaro, indicando o deputado Osmar Terra para o comandando o Ministério da Cidadania e Ação Social. “Tudo como dantes”. Tanto aqui como lá. É difícil alimentar esperanças de dias melhores para o Rio Grande e para o País. Enquanto os viciados da velha política não forem extirpados, permanecerão contaminando a todos.
A propósito
Se os deputados são eleitos para defender os interesses da população, por que eles e seus partidos barganham cargos para poder votar a favor de projetos do Executivo? O sistema político brasileiro está mesmo sustentado na cultura da troca de favores. Eles perderam a conexão com a vida real, com o cotidiano de uma maioria que precisa da priorização dos recursos públicos.
Fogo amigo
A senadora Ana Amélia Lemos (PP) que de forma até humilhante e constrangedora, meio que se ofereceu ao presidente eleito Jair Bolsonaro para ser ministra da Agricultura, mas não emplacou. Há notícias que o principal empecilho na confirmação do nome da senadora para o ministério do governo Bolsonaro está no PP do Rio Grande do Sul, sua terra, seu reduto. Consta que representantes do partido têm telefonado para o grupo do presidente eleito, pedindo que a senadora não seja confirmada. A indignação ainda é com a reviravolta na campanha eleitoral, quando ela deixou de ser candidata à reeleição ao Senado para assumir como candidata a vice de Geraldo Alckmin (PSDB), colocando o PP na chapa do tucano Eduardo Leite.
Dívidas do Bom Pastor
O deputado Jerônimo Goergen repassou à coluna no último final de semana uma relevante notícia com relação a dívida total do Hospital Bom Pastor, de Santo Augusto, que é de R$ 3.292.540,81. Disse que no dia 14 teve confirmado mais R$ 580 mil à instituição, e que nesta terça-feira seria aprovado o Orçamento Geral da União (OGU) com mais R$ 800 mil, além de R$ 1.000.000,00 que tem reservado, mas que ainda não pôde destinar em dezembro por falta de limite do próprio hospital, mas deve ser usado no ano que vem. Também temos, disse o parlamentar, mais R$ 750 mil sendo liberado através do Ministro Marun. Assim, comemora o deputado, a meta para 2019 é “zerar” a dívida do nosso Hospital que atenderá grande parte da Região com a nova estrutura.