Atire a primeira pedra
Esse tal coronavírus tem provocado uma confusão danada na cabeça das pessoas. Uns ficam meio loucos de preocupação, outros nem tanto, outros totalmente incrédulos e indiferentes. Na verdade, ninguém sabe nada ainda sobre ele. Em torno disso, li um artigo do professor, filósofo e escritor, Mário Sergio Cortella, que achei interessante, por isso valho-me deste espaço na coluna para transcrevê-lo: Aquele que tiver a real solução para esse problema que atire a 1ª pedra!!! Atire no Prefeito que fechou a cidade e mandou todos pra casa. Atire no Presidente que pede pra abrir a cidade e a volta ao trabalho. Atire nos médicos que pedem o isolamento social para evitar o colapso no sistema de saúde. Atire nos economistas que pedem para voltar a rotina prevendo um colapso financeiro …. O NEGÓCIO É ATIRAR PEDRAS! Se voltar tudo a funcionar vai morrer quantas pessoas? Se ficar em isolamento social vai morrer quantas empresas? Vou responder: Ninguém sabe!! Quando um problema não tem solução, elegemos um culpado, um inimigo, um vilão… Não! A culpa não é do Prefeito! Não! A culpa não é do Governador! Não! A culpa não é do Presidente! Nem dos médicos, nem dos economistas e nem do Ministro da Saúde. Eles estão tão perdidos quanto todos nós. Tão perdidos quanto Donald Trump e todos os líderes mundiais. Fomos pegos de surpresa sem manual de procedimentos. Cada um ACHA uma coisa, mas NINGUÉM tem certeza. Então quem sabe não é a hora de parar de perder tempo atirando pedras e dando palpites, e começar a orar mais, amar mais, valorizar mais os AMIGOS e a FAMÍLIA … Chega de ódio!!! Talvez seja essa a solução!!!”
Honrando o voto e os eleitores
Os deputados federais santoaugustenses têm correspondido à confiança que neles foi depositada pelos eleitores. Jerônimo Goergen está no terceiro e Pompeo de Mattos no seu quinto mandato. Ante a crise que ora vivenciamos, gerada pela pandemia do coronavírus, ambos estão tomando atitudes que lhes são peculiares, com olhares fraternos e solidários, eles estão se preocupando com a saúde e bem-estar das pessoas. Jerônimo tem se empenhado para viabilizar a liberação do fundo eleitoral e também das emendas parlamentares, assim como é favorável à redução dos salários dos deputados federais, tudo a ser destinado para o combate ao coronavírus. Pompeo de Mattos, entre outras iniciativas, apresentou o Projeto de Lei nº 1002, de 2020, que destina integralmente o montante de R$ 2.034.954.824.00 (dois bilhões, trinta e quatro milhões, novecentos e cinquenta e quatro mil, oitocentos e vinte e quatro reais), alocados no orçamento geral da União de 2020, como Fundo Eleitoral, para o Ministério da Saúde investir nas ações de enfrentamento dos efeitos do Coronavírus.
A propósito
Na justificativa do projeto, o deputado Pompeo enfatiza que a Pandemia do Coronavírus está se espalhando pelo país de forma assustadora, exigindo das autoridades públicas um grande comprometimento para que o seu enfrentamento ocorra de forma a que possamos preservar o máximo possível de vidas, assim como, minimizar os seus efeitos sobre a nossa estrutura produtiva que corre o risco de colapsar.
Demagogia não vale
O governador Eduardo Leite anunciou, na última sexta-feira (10), a redução de seu próprio salário em 30% por mês, pelo período de três meses. Ele justificou a iniciativa citando a queda de arrecadação estimada em 30% durante a pandemia do coronavírus. Portanto, segundo ele, a mesma taxa de corte será aplicada sobre os vencimentos do governador. O subsídio do chefe do Executivo é de R$ 25.322,25 mensais brutos, ou R$ 17.725,57 líquidos. De imediato não faltou quem suspeitasse que Eduardo Leite estava sendo demagogo, o que não é novidade tratando-se de político. Mas ele rechaçou. Negou ser uma ação demagógica. “Não quero fazer disso um ato de demagogia, de jogar para a torcida”, ponderou. Nós estamos todos numa mesma situação que impõe medidas de sacrifícios pessoais, completou. Só que, por enquanto, vejo domo demagogia, sim. Sem lei que autorize, não pode haver redução de salário, e o tesouro não pode reter parte do subsídio, nem com autorização do servidor.
Exemplo a ser seguido
Deu entrada e tramita na Câmara de vereadores da vizinha cidade de Alegria, um projeto de lei que propõe a redução dos salários dos vereadores e também do prefeito e do vice-prefeito. Pela proposta, o salário dos vereadores para a próxima legislatura passaria dos atuais R$ 2,4 mil para R$ 1 mil por mês, uma redução de 50%. Já o salário do prefeito, que hoje é de R$ 12 mil, baixaria para em torno de R$ 5 mil. Porém, apesar de relevante e elogiosa a iniciativa, há que se considerar que com relação ao prefeito, há um certo exagero na proposta de redução de salário. Por quê? Ora, o cargo de prefeito, diferente do vereador, exige dedicação em tempo integral, além de ser ele o responsável pela gestão do município. Talvez R$ 10 mil ficaria razoável. O vereador proponente, Élcio Bueno (DEM) busca o apoio consensual entre os nove vereadores, de modo que ninguém se promova pessoalmente em cima da redução, já que atende a um grande apelo popular. Ele justifica dizendo que o objetivo é que os vencimentos do prefeito, vice e vereadores fiquem dentro da realidade do município, que enfrenta dificuldades na arrecadação de recursos, agora agravados com a pandemia do coronavírus. Será um verdadeiro presente para a comunidade, destaca o vereador.
Falta comprometimento
Em meados de março o site Observador Regional publicou uma ampla reportagem sobre os transtornos para travessia de veículos e, principalmente máquinas agrícolas, sobre o Rio Turvo, na estrada que liga os municípios de Campo Novo e Braga. É que no projeto de construção da rodovia, em 2010, obra de responsabilidade do Estado, negligentemente, foi esquecido de incluir a ponte. Veja a irresponsabilidade, os engenheiros não incluíram a ponte no projeto de construção de uma estrada que atravessa um rio. Quer descaso e descomprometimento maior que esse? E ninguém mais se importa com isso, a não ser os usuários da rodovia e os prefeitos daqueles dois municípios que chegaram até pagar com dinheiro dos cofres municipais, R$ 60 mil, para elaboração de um projeto técnico da ponte. Nem ganhando o projeto de presente, elaborado e oferecido pelos prefeitos, o governo do estado se dignou, até hoje, determinar a construção da ponte.
E tem mais descasos por aí
Ponte, “sem cabeceira” (cabeceira improvisada), sobre Rio da Várzea, entre Frederico e Ametista do Sul
Um – Dado como concluída, em 2009, uma ponte sobre o Rio da Várzea, entre os municípios de Frederico Westphalen e Ametista do Sul, “ficou sem as cabeceiras”. O projeto não incluiu as cabeceiras. Muitas foram as mobilizações e protestos populares e dos prefeitos da região, mas até hoje a ponte não foi concluída de fato. Moradores improvisaram precariamente as cabeceiras com pedras e cascalho. Dois – Em 2017, depois de anos de reivindicações e mobilizações, foi restaurada a RS-155, entre Ijuí e Santo Augusto. Esse foi mais um projeto do descaso, fatiado e incompleto, deixou fora o trecho mais crítico da rodovia, de 13km, entre o trevo de acesso à cidade de Santo Augusto e a divisa com Campo Novo (trevo da BR468). Três – No final do ano passado e início deste ano, a prefeitura de Santo Augusto asfaltou algumas ruas e recapeou outras. Mais um caso de desleixo para com a coisa pública, o projeto não previu que as ruas deveriam ser sinalizadas. Agora o secretário de obras choraminga que não tem tinta para sinalizar as ruas e não tem previsão de quando será adquirida. É um salve-se quem puder no trânsito. Estacionamento? Verdadeira bagunça. É a gestão pública!
Deputados pra quê?
As vezes me pergunto: pra que mesmo servem os deputados estaduais? Sei que eles têm relativas serventias, mas não consigo defini-las direito. Mas com as estradas, que são de interesse público e atingem o ir e vir no cotidiano dos cidadãos, certamente, eles não estão nem aí. E não é difícil entender se pegarmos os casos das duas pontes e da restauração da RS-155, citados acima. A região onde elas estão situadas elegeu os deputados estaduais Classmann, Ernani Polo, Silvana Covatti, Zilá, Edegar Pretto. De duas uma, ou eles não têm interesse algum na solução dessas questões, ou eles não têm influência alguma perante os governos a quem, inclusive, servem ou apoiam. Aliás, para se ter uma ideia, a restauração da RS-155 só aconteceu pelo empenho do deputado federal Jerônimo Goergen, que mostrou sua influência política, e conseguiu.