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CRÔNICAS CURTAS 17.08.2018

O poder pelo poder

Ao vermos o mar de lama que a Operação Lava Jato tenta limpar, vemos que o poder emana da constituição, que diz que esse emana do povo, que o entrega à políticos e seus partidos com a ideia de que estes irão representá-los, mas na verdade, o que damos é um mandato e o direito a pessoas que não possuem qualquer compromisso com este povo, que após eleitos, ajam de acordo com suas vontades e aspirações pessoais. O esquema de corrupção montado em estatais mostra isso de forma clara e uma frase de uma ex-presidente deixa isso claro: “Fazemos o diabo para ganhar as eleições”. Ou seja, o poder pelo poder. Na mesma linha fazem outros partidos, pois ao tirarem a presidente do poder, não demonstraram preocupação com o “povo” e sim com o poder, com seus interesses e os de sua turma. O que vemos hoje em nosso país é uma luta para chegar ao poder, independente do que seja preciso fazer. Todos o querem, só se esquecem de que este poder traz consigo a responsabilidade de administrar para 209 milhões de vidas.

 A propósito

Seriam os políticos o reflexo da sociedade? É possível ter uma sociedade justa mesmo com políticos desonestos? Será que vale tudo pelo poder? Afinal, quem e para que estou elegendo? Reflita antes de votar.

 Pura artimanha

Uma mentira que não pode e não deve prosseguir. Essa história de que Lula, caso concorresse às eleições presidenciais de outubro, sairia vencedor, só tem um objetivo: tentar substituir a história verdadeira e emporcalhada que já está escrita, por uma falsa, colocando que o ex-presidente é um preso político e que só foi condenado porque é imbatível. Pura artimanha do Partido dos Trabalhadores. Isso é um desrespeito para com o eleitorado brasileiro. Depois de tanta sujeira que esse senhor aprontou e permitiu que outros também aprontassem com o nosso país, chega a ser repugnante essa tentativa de passar para o mundo que o condenado é o “queridinho do povo brasileiro”. Xô! Vai cantar noutro terreiro. Até as crianças estão sabendo de tudo.

 E aí?

É lamentável ver nosso país com 13 candidatos à Presidência e nenhum deles apresentar capacidade para governar. Nosso futuro é uma verdadeira interrogação!

 Político bom

Político bom é aquele que tem palavra e que honra compromissos com aqueles que o elegeram. Tenho observado nossos políticos, tanto locais (prefeitos e vereadores) como os governantes e parlamentares, o trabalho, atuação, representatividade enfim a postura de cada um que foi eleito e se tornou um representante do povo. Tenho observado, também, que poucos estão fazendo jus a confiança depositada nas urnas. Na minha avaliação, o governo estadual na atual gestão (2015/2018) teve e está tendo atuação medíocre; nos parlamentos estadual e federal, se tomarmos por base a representação da nossa região do noroeste gaúcho, onde contamos com inúmeros representantes, o único destaque fica com o deputado Jerônimo Goergen que, ao meu ver, tem atuação satisfatória, incansável na defesa dos interesses da população, mormente, aqui da região. No âmbito estadual, o deputado Ernani Polo acredito que poderia ter tido bom desempenho, mas abdicou de legislar, preferiu ser secretário da agricultura, onde permaneceu por mais de três anos, só retornando ao legislativo em março deste ano. Já no âmbito municipal, se pegarmos como base os 10 municípios de circulação deste semanário, tem de tudo um pouco. Tem prefeitos cumprindo à risca as promessas de campanha, mas tem também aqueles que só queriam o poder pelo poder. Nos legislativos há destacados vereadores, com excelente atuação, mas tem uma “maioria” que se limita apenas a comparecer às sessões e votar sim ou não aos eventuais projetos de origem do executivo. Boa parte das Câmaras Legislativas, de forma equivocada, se subordinam ao prefeito, e por isso não se opõem a nada e não fiscalizam.

 O gigante acordou

Em meio a tantos escândalos, corrupção e mentiras a classe política vem tentando sobreviver e nós estamos perseverando para acreditar que tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Mas aqui fica o alerta: “O gigante acordou e até os mais preguiçosos já vêm abrindo os olhos”. O bom político é aquele honesto, que luta pelos anseios da população, que está presente na sociedade que o elegeu, que dá respostas a todos de seu trabalho, que não abandona suas bases e justifica o salário e benesses que ganham sendo funcionários do povo. Não podemos mais nos deixar levar por qualquer conversinha ou promessas mirabolantes. Temos que interagir com nossos representantes, buscando informações, cobrando soluções para os problemas sociais, acompanhando o mandato.

 Bom gestor

Um bom gestor é aquele que sabe focar no que é necessário para a maioria, a mesma maioria que o elegeu. No livro O Monge e o Executivo, o autor (James C. Hunter) conceitua que, “liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente, visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”. A política é fundamental estar aberto às mudanças, quebrando paradigmas. O papel do líder é servir constantemente ao povo, quem não tem este perfil peça pra sair.

Falando em gestor público…

A interminável novela da ERS-155 apresenta um novo capítulo, ou seja, o mesmo do mesmo. É o retrato da má gestão pública. Se ninguém sabe o porquê de terem deixado fora do projeto de restauração da rodovia os 13km compreendidos entre o trevo de acesso à cidade de Santo Augusto e o entroncamento com a BR-468, é porque a falha técnica, administrativa ou política “não tem explicação”. Na semana passada várias máquinas foram trazidas e iniciada uma raspagem retirando o que ainda restava da camada asfáltica nas imediações do PRE. Mas parou por aí, e as máquinas permanecem paradas no local. O que vai ser feito na verdade não se sabe, mas dá para imaginar que é uma simulação com algum reparo paliativo, próprio dos períodos de campanha eleitoral. Só que não dá mais para enganar, o usuário conhece o trecho e sabe que a situação da rodovia não mais será resolvida com meros paliativos.

Perigo iminente

Transitar pela ERS-155, no supracitado trecho esquecido/ignorado, principalmente à noite e em dias de chuva ou neblina, submete motoristas e ocupantes de veículos a iminente risco de acidente. Pista de rolamento quase que totalmente deteriorada, sem acostamento, sem sinalização, e para piorar, o mato, a vegetação nas laterais está tomando conta da estrada, de modo a diminuir mais ainda a pista e aumentar os riscos. E não adianta anunciarem solução a curto prazo. Não há projeto e muito menos recursos para reformar esse trecho. E aí surgem discursos enganadores, ilusórios, de que a prefeitura vai bancar, não vai fazer vistas grossas para o caso, ou que o caso está sendo solucionado e que as máquinas já estão no local. Aliás, a prefeitura não tem condições nem para trocar lâmpadas nas vias públicas, vai ter para bancar um caso tão oneroso e que não é de sua competência como a reforma da ERS-155? Podiam poupar os ouvidos dos munícipes e passar a resolver os problemas de sua competência, que são muitos. Aliás, nada mal, ler (e relembrar) as “promessas” do plano de governo. Tá em dívida. 

Falando nisso…

Transitando à noite pela ERS-155, desde o trevo da BR-468 é uma angústia, o condutor fica tenso devido as más condições do trecho e sente alívio quando se aproxima da parte boa, restaurada. Se ele segue na direção de Ijuí, tudo bem, a estrada ficou sim, muito boa e sinalizada. Mas se ele vier para a cidade, aí dá outro calafrio ao contornar o trevo. O acesso à cidade, num longo trecho, desde o trevo até as imediações da estação rodoviária “está totalmente no escuro, não há uma só lâmpada funcionando naquela via pública”. É um descaso total. Um desrespeito!

E o contribuinte pagando

Talvez nem todos saibam, mas desde 2003, através da Lei Municipal 1.621, de 31 de dezembro de 2002, alterada pela Lei 1670/2003, o município de Santo Augusto instituiu a Contribuição do Serviço de Iluminação Pública – CIP, prevista no artigo 149-A da Constituição Federal, destinada a conservar e manter a rede de iluminação de logradouros, inclusive com a troca de luminárias, cuja taxa é variável, de acordo com o consumo, tanto por pessoas físicas como jurídicas. O consumidor residencial paga, em média, R$ 25,00 todos os meses, repassados imediatamente à prefeitura. Essa taxa CIP vem especificada na conta (fatura) de luz. Assim, é estranho que ruas, inclusive a principal via de acesso esteja, e há bastante tempo, no escuro. Cadê o dinheiro?

 

 

 

 

 

 

 

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