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Crônicas curtas – 11.01.2019 – Eleições, de novo!

De novo eleições?

Pois é! Desapercebidamente, já entramos no ano pré-eleitoral para escolhermos o próximo prefeito. As eleições municipais serão em outubro do ano que vem. Não percebemos a proximidade porque somos acomodados quanto aos destinos políticos e administrativos do município. Só que o eleitor tem suas razões para não se importar muito com isso. Pensa que não adianta ficar opinando, porque quem escolhe candidatos a prefeito não é o eleitor, pelo contrário, ele é ignorado, pois quem de fato escolhe e lança candidato a prefeito são os dirigentes partidários. O eleitor filiado, se for convencional, dá o aval, e de forma induzida, quando é chamado a votar na convenção. Os dirigentes partidários, aqueles que dominam os destinos políticos, os caudilhos, já possuem na manga um ou dois nomes e dali sairá o candidato a prefeito, à revelia da vontade do eleitor militante partidário. É o dito goela abaixo. Os partidos são que põem à mesa, e o eleitor não tem opção a não ser digerir o que lhe é servido. Os partidos, em sua grande maioria, só querem o poder, por isso é que alguns municípios param no tempo ou até regridem em alguns setores. Ficam estagnados, nada ou pouco prosperam. Se os dirigentes partidários pensassem efetivamente no crescimento e desenvolvimento do município, certamente iriam buscar junto à comunidade maior participação política, ideias e sugestões da população capazes de despertar bons gestores para prestarem sua contribuição, se candidatando a prefeito.

Todos são pré-candidatos

É engraçado. Demagogicamente, numa forma de agradar e/ou de enganar e/ou ocultar a verdade, se alguém perguntar a um presidente de partido se há um nome em vista preparado ou sendo preparado para concorrer a prefeito na próxima eleição, é inevitável a resposta: meu partido tem muitos nomes, cada filiado é um pré-candidato, mas temos logicamente os ex-prefeitos, os vereadores do partido, todos natural e plenamente capazes e com condições de ser candidato a prefeito. Engodo. Porque em nenhum momento eles falam em novas lideranças, renovação política, “capacidade de gestão”. Em resumo, tudo gira em torno de um pequeno grupo partidário dominante dentro das respectivas siglas. É sempre o mesmo do mesmo. E o candidato só pode sair dali, de dentro do grupo ou alinhado fielmente a ele. Gestão? Que nada. O negócio é o poder. E isso basta.

A propósito

Alguém ousaria a contestar, dizer que não é bem assim, que isso não é verdade? Então prove na próxima eleição apresentando novidades e renovação.

Falando nisso…

Em Santo Augusto, os candidatos a prefeito nas eleições de 2020, deverão ser estes: Pelo PDT, Zé Luiz (ex-prefeito) ou Horácio (vereador); pelo PP, se for cabeça de chapa, será Marcelo Both (atual vice-prefeito e presidente do partido); pelo MDB, se encabeçar chapa, será Naldo Wiegert à reeleição, ou Dione Sperotto (vereadora); pelo DEM, Dr. Flores (ex-prefeito e principal liderança do partido); pelo PSDB, Romeu Rodhe (ex-presidente e uma das principais lideranças do partido). Novidade? Nadica. Os demais partidos aqui constituídos dificilmente encabeçarão chapa a prefeito, exceto o PT que por três ou quatro vezes já concorreu com candidato próprio a prefeito.

 

“É hora de reagir, de participar e motivar participação efetiva na vida política do município. Até porque existe uma lógica: o castigo dos que não fazem política é ser governado pelos que fazem”.

 

Nem ao propor consenso

Aqui em Santo Augusto, a prova do que está posto acima foi a negociação entre os nove partidos políticos visando uma possível candidatura de consenso em 2016. Eram dois grupos distintos que lideravam a negociação: um formado por MDB e PP e outro pelo PDT. Curiosamente, o segmento MDB/PP ao mesmo tempo que expunha nas reuniões a sua pretensão de consenso, não titubeou e foi logo avisando: “a cabeça de chapa é nossa, e o nosso candidato é o Dr. Naldo (MDB)”. O PDT que historicamente é contra o consenso, também condicionou que só estava participando das negociações porque pensava em ser cabeça de chapa, com o então prefeito Zé Luiz à reeleição. Melou a negociação. Isso confirma que de fato os dirigentes partidários impõem nomes, como foi nesse caso. Hilário! Ninguém falou na gestão, melhorar e desenvolver o crescimento do município. Ficou cristalizado que o foco era o poder acima de tudo. Afinal, se tivessem antes ouvido seus filiados respectivos, o povão, esses nomes teriam sido apresentados e da maneira que foram? Também não sei, mas presumo que não.

Fusão de partidos à vista

No município de Santo Augusto existe dez partidos políticos: DEM, PP, PSB, PSDB, PTB, PDT, MDB, PT, PPS, e mais recentemente o PSD. Historicamente, apenas três deles, o PDT, MDB e PP se intercalam no poder. Os demais são apenas coadjuvantes. Diante disso, há uma movimentação e possibilidade de articulação no sentido de esses partidos pequenos, que são em número de sete, se unirem e formarem “um só” e que faça a diferença, que seja consistente e capaz de disputar em igualdade com os tradicionais detentores do poder. É uma ideia interessante e pode estar aí o que tanto a população almeja, mudanças de rumo político com foco na boa gestão municipal.

Bons ventos

O brasileiro tem a mania de cobrar direitos, sem se dar conta que também tem deveres. Em Santo Augusto, ao longo dos anos a população reclama da quantidade e longos períodos de entulhos depositados nas ruas causando infinitos transtornos, sem que a prefeitura tome providências. Porém, sabido é, que o entulho e seu destino final é reponsabilidade também e principalmente de quem o produz, e não só da prefeitura. Agora, finalmente, bons ventos prenunciam a solução. Segundo informa o vice-prefeito Marcelo Both, o município acaba de adquirir um caminhão poliguindaste e 40 containers (caçamba/entulho), o que permitirá a remoção do entulho tão logo produzido, desde que o munícipe cumpra com o seu dever de comunicar previamente o órgão municipal que então de forma programada disponibilizará no local o container e a imediata remoção para o destino final.

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