Carnaval
Estamos em pleno tempo de carnaval. O carnaval é para os brasileiros a festa mais esperada do ano. Diferente de todas as outras, é o momento de se divertir como nunca, é como se vivesse cada dia como se fosse o último. No meio da festa mais sensual brasileira, para muitos, vale tudo, de experimentar coisas novas a fazer tudo o que tem vontade. No entanto, é sempre bom lembrar que algumas ações podem ter consequências para além dos dias de folia, até mesmo para a vida inteira. Portanto, curtir de maneira intensa, mas com responsabilidade é fundamental para um divertimento saudável e seguro. Regada pelo álcool e por tudo mais que tem direito, a diversão proporcionada pelo carnaval pode se tornar um pesadelo para aqueles que não se cuidam. Portanto, lembre-se, após os dias de folia ainda existe vida!
Drogas – Que chato!
É chato, mas não tem jeito. O assunto, por mais que incomode, tem que ser discutido. Não tem idade e nem classe social para que o perigo das drogas ronde sua família. Além da maconha, do crack, da cocaína, existem as drogas lícitas. Muitas vezes esquecidas ou subestimadas por serem legais, o álcool e o cigarro iniciam o jovem em um caminho perigoso. É na adolescência que acontece a chamada fase de experimentação. Inevitavelmente, os adolescentes passam por uma série de inseguranças e não conseguem medir as consequências de seus atos. Incentivados por colegas ou pelo ambiente social, ou apenas por imaginarem uma solução rápida para uma crise depressiva, os jovens começam a beber e a fazer uso de tabaco sem acreditar que isso possa se tornar um vício.
Todos contra as drogas
Dentre os males que assolam a sociedade brasileira, embora possa parecer estranho para alguns, a droga figura como um de seus grandes expoentes. Esse mal atinge a humanidade principalmente de quatro formas: primeiro, a pessoa-usuária, que vive amarrada a um sistema de criminalidade para adquirir a droga, substância destruidora de sua própria saúde; segundo, a família da pessoa-usuária que, dia após dia, é carcomida pelo sofrimento de acompanhar um ente querido destruir paulatinamente a própria vida, em razão de sua dependência química; terceiro, o Estado, por assistir sua autoridade sendo afrontada e confrontada pela ação dos traficantes; e quarto, a sociedade, que vive aterrorizada pelas ações criminosas, movidas em torno do tráfico de drogas, onde furta-se, rouba-se e mata-se em decorrência da maldita da droga.
Caso de polícia (?)
O consumo de drogas não é caso de polícia como muitos pensam. O tráfico sim é caso de polícia e a ela cabe coibir. Portanto são atos distintos, embora irmãos gêmeos. As políticas de prevenção às drogas, infelizmente deixam muito a desejar, uma vez que raras e ineficientes. Elas deveriam existir efetivamente, e focadas em três objetivos específicos: preventivo; de tratamento e assistência das dependências (através da saúde pública) e de contenção (ação policial e judicial). Cada um (família, sociedade, escolas, igrejas, entidades esportivas e de recreação, poder público, enfim) fazer sua parte trabalhando a “prevenção”; aos municípios e ao Estado a disponibilização de estrutura física, material e humana para proporcionar a recuperação do dependente, manter controle dos fatores e locais de risco, cuidar do saneamento básico.
Combate às drogas
Oportuno analisarmos, a magnitude do problema do uso indevido de drogas, verificada nas últimas décadas ganhando proporções tão graves que hoje é um desafio da saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos sociais, como acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e crescimento da criminalidade. Sempre se questionou sobre os motivos que levam uma pessoa a se entregar ao vício de drogas. Mas, sejam quais forem os motivos, a verdade é que na mesma proporção do usuário, cresce o número de pessoas que se aproveitam disso para traficar e obter lucros. Assim, sejamos lógicos, o tráfico cresce porque cresce o número de usuários de drogas, e o número de usuários aumenta porque aumenta o tráfico de drogas. Simples assim! Não adianta lutar contra o tráfico, enquanto crime, e esquecer-se de lutar contra as causas que levam as pessoas ao consumo e dependência química.
Aliás
Já passou da hora de a sociedade abandonar o silêncio cúmplice e se unir ao Estado. Ora, não basta dizer basta. É preciso arregaçar as mangas, incluir-se na luta e fazer bastar. Mas como? Através de um trabalho em rede escorado no trinômio prevenção-recuperação-repressão. O Estado precisa fazer sua parte, e para isso precisa da sociedade para o combate de forma eficiente ao câncer social das drogas. Do contrário, se as coisas continuarem como estão, estaremos fadados a viver numa narcossociedade, em que os valores humanos são tragados, cheirados e injetados.
Usuário/traficante
O consumo de drogas cresce assustadoramente de modo que já ultrapassou os limites do razoável. Na ordem crescente as mais consumidas são a cocaína, a maconha e a mais perversa e devastadora “o crack”. Operações policiais não cessam, são frequentes as prisões de traficantes e apreensões de drogas em todo o Rio Grande do Sul. Apesar disso, são meras medidas e ações paliativas, porque o consumo parece crescer cada vez mais. Há consumidores em toda parte e em grande número, por isso, tirar de circulação um ou cinquenta traficantes, não faz nem cócegas, porque os consumidores que, para mim são potenciais traficantes, procuram outros fornecedores e a farra do consumo de drogas continua. Mas de onde saem esses consumidores /traficantes? Da sociedade, das famílias. Então chega de hipocrisia. Sua tolerância, querendo ser moderno e permissivo, pode estar empurrando um jovem para o mundo do crime.
Deu tudo errado
Lula anda muito irritado. Desde o início da semana passada ele alterou o temperamento e não mais exibe o mesmo sentimento de invulnerabilidade que ostentava há duas semanas. Parece que, aos poucos, percebe que era prisioneiro de uma fábula. Vivia a ilusão de ser de verdade “o cara”, o protagonista de uma ofensiva política. Lula contava com a solidariedade de multidões que não existem mais. E imaginava que, criando um clima de conflagração, conseguiria amedrontar o Judiciário. Não levou. Deu tudo errado. O ex-presidente, convencido de que era um ser superior, habitava o lado avesso da realidade. Quando menos esperava, se viu obrigado a beijar a lona duplamente. Na primeira, quando foi abatido pelo resultado de 3 a 0 no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Depois, teve de dobrar os joelhos diante do indeferimento de um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal de Justiça.
E o Bolsonaro?
Da maneira como as coisas andam podem acontecer surpresas, e a chegada de Jair Bolsonaro ao segundo turno da eleição presidencial deste ano será inevitável. Hoje, a esquerda sozinha não tem força para freá-lo, a direita do Governo está desacreditada perante a sociedade, e as possíveis candidaturas de fora da política vão perdendo força. A candidatura de Bolsonaro, que para alguns pode parecer folclore, desencadeia as frustrações de uma sociedade que vive o medo da violência. Só que não é folclore. Consciente ou não, oriundo das hostes militares, Bolsonaro viu confluir em sua candidatura, várias correntes que juntas podem criar problemas aos outros candidatos. A primeira é que se apresenta como o fiador da segurança da população. E o medo e a violência atravessam todas as classes sociais. A segunda é a sensação de que a corrupção está sangrando o país. E Bolsonaro aparece como um dos poucos políticos que não está em nenhuma das listas negras dos corruptos. Por isso pode gabar-se de que, se for eleito, será o maior defensor da Lava Jato. Outra é que Bolsonaro tomou para si o lema popular de que “é preciso colocar ordem nesse país” que está sendo engolido pela corrupção e a violência enquanto perde seus valores morais.