Saúde pede socorro
Com sérios impactos já sentidos em hospitais filantrópicos e santas casas, a crise nas finanças de saúde pública do Rio Grande do Sul continua a trazer efeitos graves aos municípios gaúchos. Segundo a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o Estado deve R$ 500 milhões em repasses às prefeituras, recursos destinados à contrapartida do governo gaúcho para programas como Estratégia de Saúde da Família, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Farmácias Municipais. Deste montante, há quantias atrasadas desde o governo Tarso Genro. Aqui na Região Noroeste há vários e importantes hospitais na iminência de serem fechados pela absoluta falta dos repasses por parte do governo do Estado, entre eles, o de Três Passos, Santa Rosa e Santo Augusto. No Bom Pastor, de Santo Augusto, o presidente já restringiu e está atendendo somente casos de urgência e emergência, ao ponto de não descartar a possibilidade de fechamento do hospital. Isso tudo devido aos atrasos nos repasses por parte do Estado e IPE, associado à defasagem da remuneração da tabela SUS, o excedente de metas do contrato SUS, entre outros.
Cacon suspende atendimento
Com uma dívida que se aproxima de R$ 15 milhões devido á falta de repasses do Governo do Estado, o Centro de Alta Complexibilidade em Oncologia (Cacon) do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) está restringindo o atendimento de pacientes dos convênios do IPE Saúde e SUS. Segundo o coordenador do Cacon, médico oncologista Fábio Franke, por três meses o hospital conseguiu manter os atendimentos devido a negociações com fornecedores, porém, o hospital chegou ao seu limite, e nas últimas semanas tem acontecido o cancelamento de quimioterapias por falta de medicamentos. “Estamos tentando acomodar os pacientes com as medicações que ainda existem em estoque ou com o que ainda consegue comprar, que seja de custo menor, porém, se nada for feito, vamos entrar no final de ano em situação extremamente difícil para toda a região que depende do Cacon de Ijuí”, disse Franke.
E o João Gabardo?
Lembram dele? Como esquecer! João Gabbardo dos Reis Strech, foi Secretário da Saúde no governo de Sartori até pouco tempo atrás, e agora, por ironia, é presidente do IPE. Veja só como ele deixou a pasta da Saúde no Rio Grande do Sul. O Estado vive um caos… A Saúde gaúcha está em colapso pela falta de planejamento e gestão do Sr. João Gabardo, assinada embaixo por Sartori. E pasmem! A partir de janeiro/2019, Gabardo será o secretário-executivo do ministério da Saúde, ou seja, o substituto imediato do ministro da Saúde. O cargo é estratégico. Ele esteve cotado para ocupar a importante função de Secretário de Atenção à Saúde (SAS), que maneja 70% das verbas do ministério, mas não emplacou. Ainda bem!
Estranho!
Agora, no novo governo (do Bolsonaro), um governo que o eleitor confiou fosse de limpeza, de moralidade, de honestidade, um governo que se elegeu por combater a velha política, cede à “turma” que manda no Gabbardo e o aceita como Secretário Executivo do Ministério da Saúde. O pessoal, Eliseu Padilha, Perondi (derrotado nas urnas e amicíssimo do Eduardo Cunha), mais toda a turma, mesmo num plano B, numa luta desesperada encaixaram o Gabardo lá dentro. E não é difícil entender as razões… Assim, estamos nos encaminhando para o “tudo como dantes”. Decepcionante! Aliás, “quem disse que o governo Bolsonaro/Mourão não vai tolerar aproveitadores?”