É preciso racionalidade
Há muitos anos, sempre que ocorre incêndio de grandes proporções em Santo Augusto surgem cobranças de um lado e promessas de outro sobre um Corpo de Bombeiros para a cidade. Que fique claro, a cidade não se enquadra nos requisitos exigidos para criação de Corpo de Bombeiro Militar (do Estado). A única saída, é a criação de um Corpo de Bombeiros Voluntários. Esse é possível, desde que alguém com inteligência e disposição para correr atrás, em locais e tempo certo, tome a iniciativa e convença empresários, entidades públicas e privadas, comunidade em geral e, obviamente, tenha o apoio do Poder Público Municipal. Mas isso só se concretizará se for feito com racionalidade e determinação, com os pés no chão, sem atropelos, degrau a degrau. Quem sabe um dia!
Não aponte culpados
Apontar culpados é muito fácil, mas muitas vezes equivocado e injusto. No incêndio de grandes proporções ocorrido no início da semana aqui em Santo Augusto, onde, infelizmente, além da destruição total de patrimônio, no local houve a morte de uma pessoa, há que se destacar que o funcionário municipal encarregado do caminhão pipa deu tudo de si para debelar as chamas, com rapidez e eficiência, limitado às condições de que dispunha. Mas não foi possível, o fogo tomou dimensões incontroláveis. Aí começaram os “ses”. Se o outro caminhão que há mais de um ano está numa oficina estivesse aqui, à disposição; se os bombeiros de Ijuí não tivessem demorado mais de uma hora pra chegar; se os bombeiros de Três Passos não tivessem demorado mais de duas horas para estar no local do incêndio. Esses “ses” em tom de questionamentos insinuam atribuir culpa por não ter sido apagado o fogo e evitado danos maiores. Só que não é assim, há que se ter consciência da nossa realidade, as falhas ou deficiências apontadas vão existir sempre enquanto aqui não houver Bombeiros Voluntários. Por isso, pensando nessa realidade, devemos ter cautela ao apontar culpados e, sim, quem sabe, fazer mea-culpa.
Faxina no porão
Está mais do que na hora. Descendo as escadas, ao se abrir a porta do porão, é assustador ver tanta sujeira, aranhas, ratos e baratas fazendo a festa. É este o nosso cenário nacional do momento. Mas há que se convir que teríamos sim que passar por isso. Era preciso descer ao porão do pátria amada, para que “todos” constatassem com seus próprios olhos a absoluta sujeira entranhada na turma que está, com afinco e rapidez, se esforçando para destruir a nossa nação. Era preciso “ver” (incapacidade, corrupção, conchavos, escárnio, censura e abuso) “para crer” que bandidos e criminosos não se regeneram com o passar do tempo, apenas ficam mais velhos – e mais nocivos. Do ponto de vista da limpeza, tudo o que está ocorrendo de trágico tinha mesmo que ocorrer. A imundície deverá ficar ainda mais visível e produzir mais alergias, incômodos, doenças ou até óbitos. Isso deverá perdurar até a maioria do povo entender que, de bandidos, só podemos esperar mentiras, crimes, roubos e assassinatos.
A propósito
Essa visão do porão imundo e pestilento não fica restrita a alguns, deste ou daquele segmento. Para evitar controvérsias, para atenuar a discórdia que tem separado familiares, amigos e irmãos, para que o povo possa alcançar a paz, seria imperioso acontecer o que está acontecendo, a sujeira precisaria ser esfregada na cara de “todos”. É impossível começar uma faxina sem que primeiramente tenhamos a exata noção do que precisa ser limpo.
Pela liberdade de criminosos
O governo brasileiro defende a liberação de criminosos como política pública para resolver o problema da superlotação das cadeias. Declarações nesse sentido têm partido de ministros, secretários, aliados e do próprio presidente Lula da Silva (PT) nas últimas semanas. Em discurso no lançamento do Pronasci II, no mês passado, Lula afirmou que, por exemplo, “um jovem de 18 anos” que comete crimes “entrou um inocente” na cadeia e é “uma vítima de um delito que muitas vezes não tinha clareza do porquê estava cometendo aquilo”. Simples assim. Essa é a tônica complacente do governo na proteção de criminosos.
Mal comparando
Liberar presos para melhorar as condições das penitenciárias seria semelhante a reduzir a quantidade de internados para resolver o problema das filas nos hospitais. “A única maneira de reduzir a quantidade de internados no hospital é prevenir doenças ou tratá-las antes que as pessoas precisem ir ao hospital”. “Se tem muita gente doente, tem que ter muita gente internada. O mesmo vale para a prisão.” Enquanto não houver políticas eficazes de prevenção ao crime, “é preciso prender mais gente, mais rápido e por mais tempo”, o que passa necessariamente por construir mais presídios. Se órgãos assistenciais e Poder Público não tratam disso, tem que ser tratado com polícia e prisão.
Em defesa dos brigadianos
Será lançada hoje (28), na Assembleia Legislativa gaúcha, a Frente Parlamentar em Defesa dos Brigadianos de Nível Médio, por proposição da deputada Luciana Genro (PSOL). Na ocasião haverá depoimentos de policiais militares abordando situações que vêm enfrentando na instituição. A deputada apresentará um dossiê com diversas denúncias que vem recebendo por parte dos brigadianos, o qual irá entregar ao governador. “Sabemos que os brigadianos de nível médio sofrem com desvalorização, a falta de um plano de carreira que atenda às suas necessidades, falta de efetivo, e ainda muitas vezes passam por perseguições dentro da corporação. Essa Frente pretende ouvi-los e servir como um instrumento de luta para que eles tenham suas demandas atendidas”, afirma a deputada. Luciana Genro tem um contato próximo com a categoria, composta por Soldados, Sargentos e Primeiros Tenentes, os quais são brigadianos que estão na base da corporação e realizam o trabalho diário de policiamento nas ruas do estado. Dentre os relatos de abusos e perseguições que a deputada acompanha, estão casos que geraram extremo adoecimento mental dos trabalhadores, que já convivem diariamente com um dia a dia psicologicamente desgastante. Quem diria! Como o mundo dá voltas.
Segurança jurídica do Agro
O Incra é um órgão federal que deveria cumprir suas funções com competência e honestidade, tecnicamente, e de forma politicamente isenta. Mas, o que se pode esperar quando é o MST que escolhe os superintendentes? Um grupo sem identidade jurídica interfere no governo, e conta com impunidade. As exigências do MST para desocupar áreas invadidas ilegalmente são apenas protelatórias, mesmo aceitas em nada resultam. Os invasores não saem. O MST alega que não há onde alocar os invasores, o que é absurdo e irrelevante. Diante de todo esse desmando, paira a dúvida e o questionamento: Falta autoridade ou vontade das autoridades petistas para garantir a segurança jurídica do agronegócio? Ambas. Prenúncio de conflitos no campo.
MST está em casa
Com Lula no poder, o MST está confortável, em casa, praticamente ganhou um cômodo de luxo em uma antessala do Palácio do Planalto. Essa conclusão é do editorial do Estadão publicado segunda-feira. A deferência que o presidente Lula da Silva prestou ao notório chefão do grupo, o sr. João Pedro Stédile, ao integrá-lo à comitiva da viagem oficial à China, não sinalizou outra coisa senão um endosso explícito do governo aos seus métodos truculentos, seja por afinidade ideológica, seja por esqualidez moral, afirma o jornal. “O MST tornou reféns ninguém menos que o presidente da República, com quem mantém relações próximas e longevas, e alguns de seus ministros”, prossegue, com uma conclusão que remete, infelizmente, ao óbvio ululante. Invadir um centro tecnológico como o de Petrolina é tudo menos a “ocupação de terras improdutivas”. É crime, é negacionismo científico, é emprego de violência como método de afirmação política. Convém ter isso em perspectiva sempre que os vocábulos ‘MST’ e ‘democracia’ seja por desatenção ou má-fé, aparecerem associados em uma mesma frase.