Por UGEIRM
Se a economia do RS dependesse das previsões de Eduardo Leite, nossa situação seria desastrosa. Logo após o fim das enchentes, o governador pintava um quadro dramático para as finanças do estado. Em junho desse ano, em previsão no Jornal O Globo, Leite afirmava que o estado passaria pela maior crise da sua história. Pelos seus cálculos, teríamos uma queda de até R$ 10 bilhões na arrecadação de impostos. Os resultados desmentem de forma categórica as previsões catastróficas. Até agosto desse ano, a arrecadação do estado teve um crescimento de R$ 1,5 bilhão em relação ao que havia sido apurado em igual período de 2023.
Esse discurso catastrófico foi utilizado para negar qualquer possibilidade de reajuste salarial aos servidores da segurança em 2024. A suposta queda da arrecadação também foi utilizada para negar a restauração da Simetria com os Capitães da BM. Mais do que dados concretos, Eduardo Leite utilizava projeções que eram convenientes a sua política de arrocho salarial, implantada desde o início dos seus mandatos.
Limite Prudencial, outra previsão furada do governador
Na justificativa para votar, apressadamente, o PL do reajuste salarial da segurança pública, o governador alegava que, caso o PL não fosse aprovado ainda em julho, o estado entraria no Limite Prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, já em agosto, impedindo a aprovação de qualquer proposta de reposição salarial. Dois meses depois, os resultados econômicos mostram que era mais uma falácia da equipe econômica de Eduardo Leite. O RS não entrou no Limite Prudencial. Pelo contrário, melhorou a sua situação financeira.
Não existe justificativa para não publicação das promoções
Com os resultados da arrecadação, divulgados no Relatório de Transparência Fiscal, não existe justificativa plausível para que o governo não publique as promoções da Polícia Civil até o final desse ano. Se, realmente, o governo reconhece o trabalho exemplar desempenhado pelas forças de segurança do estado, deveria anunciar, imediatamente, que em novembro será publicada no Diário Oficial do Estado, a lista das promoções da Segurança Pública.
O Vice-presidente da UGEIRM, Fabio Castro, acrescenta que “além das promoções, o governo tem o dever de resolver a questão da Simetria. Não existe mais condições para que ele se esconda atrás da tragédia que a nossa população sofreu no mês de maio. Seria vergonhoso, se o governador se utilizasse da tragédia do nosso povo, para negar reivindicações legítimas dos policiais civis”.
Fabio Castro destaca, ainda, que “essa postura do Governo, de negar a valorização salarial dos policiais civis, tem causado sérios danos à Polícia Civil. Até setembro desse ano, 48 policiais civis já saíram da Instituição, devido ao declínio salarial e às péssimas condições de trabalho, fruto do déficit do efetivo, que chega a níveis alarmantes. O que o Governador precisa entender, de uma vez por todas, é que a valorização dos policiais civis não é só um ato de justiça com esses servidores, mas também uma política em benefício da população do nosso estado”, encerra o Vice-presidente da UGEIRM.