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Com discurso de reconstrução, Maria do Rosário é confirmada pelo PT na disputa para prefeitura de Porto Alegre

Em convenção, o partido oficializou a chapa que terá Tamyres Filgueira, do PSol, na vice

Evento lança candidaturas de Maria do Rosário (PT) e Tamyres Figueira (PSOL) à Prefeitura de Porto Alegre 

Foi por aclamação e sob o lema da “reconstrução” que o PT confirmou, neste sábado, a candidatura da deputada federal Maria do Rosário à prefeitura de Porto Alegre, ao lado de Tamyres Filgueira (PSol) como vice. A chapa, até o momento, é a única integralmente composta por mulheres.

Foi na quadra esportiva da ACM Esportes, lotada de filiados e com direito a uma estrutura com bandinha e jogo de luzes, que a candidata petista discursou por 29 minutos e deixou claro qual deverá ser os pontos principais da campanha. Ela explorou aquela que considera ser a principal “fraqueza” do adversário: enchente de maio deste ano que colapsou a cidade.

“Não é possível que o poder público estivesse tão despreparado”, afirmou Rosário, se referindo à condução de Sebastião Melo (MDB). Na ocasião, prometeu que reconstruirá todo o sistema de proteção contra cheias e de forma integrada com as cidades metropolitanas através de um consórcio.

Chamou a gestão emedebista de ser “negacionista”, afirmando que irá reconstruir a cidade ao lado das universidades. “As más decisões tomadas por esses que governam a cidade no dia de hoje levaram ao sofrimento da nossa população.”

Entre promessas e acenos, se comprometeu em dedicar um olhar especial às crianças e aos idosos, promover a valorização do servidor público e voltar atenção novamente para políticas de saúde, como os agentes da família.

No campo político, fez acenos a partidos da coligações, como a Rede (partido que está federado com o PSol) e o PV (que está federado com o PT e PCdoB), ao prometer, também, uma cidade “mais sustentável”.

Assim como no discurso da noite de sexta-feira, quando o PSol confirmou Tamyres Filgueira como vice na chapa, agradeceu e enalteceu a aliança entre os partidos. “Sem essa vontade transformadora, o Brasil estaria vivendo ainda um período de trevas e de ataque à democracia”, afirmou, em referência à coligação criada pelo presidente Lula.

“Nossa frente política está aberta e têm o coração grande e uma vontade de mudança imensa”.

Foi nesse tom, inclusive, que todo o ato se deu. Além da exaltação do lema da campanha “fé, união e reconstrução”, movimentos simbólicos como a condução equânime das deputadas Luciana Genro (PSol) e Laura Sito (PT) do evento e a oportunidade para que lideranças de todos os partidos coligados (além do PT e PSol, PCdoB, PV, Rede e Avante) pudessem se expressar também evidenciou a estratégia.

Por Correio do Povo

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