Sala de aula, um lugar perigoso
Valter Mattos da Costa, professor de História e editor da Dissemelhança Editora, escreveu um artigo assustador sobre a realidade de hoje nas escolas brasileiras. O título: “Sala de aula, um lugar perigoso”. O articulista começa dizendo: É triste admitir, mas as salas de aula brasileiras transformaram-se em campos de batalha cotidianos, onde a violência contra professores é cada vez mais corriqueira e preocupante. Não são casos isolados, tampouco excepcionais; tornaram-se cotidianos, banalizados pela indiferença coletiva.
O ambiente escolar, originalmente concebido como espaço de formação e segurança, tornou-se reflexo direto das desigualdades e conflitos que marcam a sociedade. Alunos, muitas vezes vítimas de abandono social e violência estrutural, reproduzem nas escolas a agressividade vivida em seus cotidianos. Essa realidade afeta diretamente o emocional dos professores, que enfrentam diariamente atos de desrespeito, grosseria e pequenas agressões, frequentemente banalizados como normais. O resultado é um ambiente cada vez mais hostil e inseguro para quem ensina e para quem aprende.
Professores não enfrentam apenas a violência direta dos alunos, mas também a negligência das instituições públicas, incapazes de garantir segurança e condições dignas para o exercício da profissão.
A propósito
Até o final dos anos 90, início dos anos 2.000, não havia violência nas escolas, pelo contrário, havia disciplina e respeito. Professores eram tratados e respeitados como autoridades. Hoje, a exceção são as escolas Cívico-Militar, onde ainda existe disciplina, respeito e paz, todos convivem harmonicamente. Aliás, para exemplificar, certa feita ouvi do diretor Leandro, da Escola Cívico-Militar São João, de Santo Augusto, a seguinte frase: “Pertencer àquela escola é motivo de orgulho da comunidade escolar”.
Nova validade de CNH
No decorrer deste ano, pode haver alteração quanto a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Tramita no Congresso Nacional um projeto que propõe a seguinte alteração: Validade da CNH por 15 anos para motoristas com menos de 50 anos; de 7 anos para aqueles entre 50 e 70 anos; e de 3 anos para pessoas com mais de 70 anos, como já é hoje. Quanto as subcategorias, será criada a categoria B1, exclusiva para motoristas de veículos automáticos, e, B2, para aqueles habilitados a conduzir veículos tanto manuais quanto automáticos.
Concurso para soldado da BM
A Brigada Militar abriu concurso público com 1.200 vagas para soldado. As inscrições vão até o dia 22 de abril, pelo site da Fundatec. Entre as vagas, 984 serão de ampla concorrência, 192 são reservadas para pessoas negras, 12 para pessoas trans e outras 12 para indígenas. Escolaridade mínima de nível médio, idade máxima 25 anos, altura mínima 1,65m para homens e 1,60m para mulheres. CNH categoria B. O salário inicial é de R$ 5.944,85, com auxílio-alimentação de R$ 400.
Aliás
Que jovens interessados(as) reflitam antes de inscrever-se ao concurso de soldado da Brigada Militar, eis que ser policial exige um profundo senso de dever, é um divisor de águas definitivo na decisão de se entregar ao ofício de defender o outro – qualquer outro, sem a menor ideia de quem seja ele, mesmo com o sacrifício da própria vida. Sucesso, e parabéns pela escolha, aos que se inscreverem para o nobre cargo.
PP e União tentam se ajudar
Progressistas (PP) e União Brasil negociam criar uma federação, uma forma de se ajudar um ao outro a ultrapassar a cláusula de barreira e se fortalecer nos Estados em que um é mais fraco, já que são partidos diferentes. Em se tratando do Rio Grande do Sul, onde o PP tem maior número de prefeitos e bancadas numerosas tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara de Deputados, o cenário se tornará mais favorável ao lançamento de uma candidatura ao governo do Estado. Só que nenhum deles tem um nome viável, já que Goergen parece ter sido excluído do grupo Progressista. A alternativa é buscar alguém de fora, sendo cogitado o nome da deputada federal Any Ortiz, que consta estar de saída do Cidadania. Mas mudar de partido vai demorar, só na janela de março de 2026.
Onyx reaparece
Vivendo na Europa há dois anos e pouco, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) está no Brasil e promete voltar em definitivo no mês de junho. Pensa em percorrer o Estado, manter encontros no interior e trabalhar para formar uma aliança de centro-direita, reunindo PL, Republicanos, União Brasil e PSD. Quanto as eleições de 2026, Onyx diz que em primeiro plano a ideia é disputar o governo do Estado. Só que durante sua ausência por longo período, a roda continuou girando, e o PL se organizando. Agora, a cúpula de seu partido no estado gaúcho já cogita com ênfase as pré-candidaturas de Luciano Zucco ao Piratini e Giovani Cherini ao Senado.
Ainda é uma incógnita
O cenário para o Piratini em 2026, no segmento centro-direita, ainda é verdadeira incógnita. A federação entre PP e União Brasil pode embaralhar a disputa, eis que deverá lançar candidatura. Já o projeto do vice-governador Gabriel Souza, de ser candidato ao governo está atrelado ao do governador Eduardo Leite, que planeja ser candidato a presidente da República. Na extrema direita, o PL não está se entendendo, enquanto o partido mantém a indicação de Luciano Zucco, o ex-ministro Onyx Lorenzoni continua dizendo ser, também, pré-candidato ao governo do Estado. Assunto para Costa Neto e Bolsonaro resolver.
Pavimentação asfáltica fatiada
O esperado asfaltamento da estrada que liga São Valério do Sul à ERS-155, em Santo Augusto, virou novela, faz tempo. Agora surgiu um capítulo risível. O governador Eduardo Leite assinou ordem de início de serviços do Programa de Incentivo Asfáltico (PIAA/RS), contemplando Santo Augusto com o montante de R$ 5 milhões para asfaltar 1,35 km da ERS-573, que demanda a São Valério, a partir da ERS-155. O trecho entre os dois municípios é de 18 km. Foi assinada ordem de serviço para asfaltar tão somente 1,35 km. Claro, é melhor o pouco do que nada. Mas isso revela a incapacidade de planejamento e gestão desse governo. O fatiamento, para alguns, é sinal de esperança de ainda ver a estrada asfaltada um dia, sem saber quando, e para outros, significa total desesperança. Nessa forma fatiada, proporcionalmente, se em 1,35 km de asfalto serão gastos R$ 5,07 milhões, para asfaltar os 18 km irão R$ 67 milhões. O governo diz que tem dinheiro. Então, prefeito Clóvis, a hora é agora, 18 km de asfalto já e não apenas o faz de conta de 1,35 km. Insista e persista. Mobilize vereadores e a sociedade local, e busque o apoio do vizinho Santo Augusto que é parte diretamente interessada pelo asfaltamento dessa rodovia. O descaso do governo já está virando deboche.
Terceirização de estradas
Durante a campanha eleitoral de 2024, a chapa da atual administração municipal Lilian/Mattioni prometeu que para manter a conservação de estradas do meio rural iriam terceirizar a manutenção de pelo menos algumas das vias do interior. Dias atrás perguntei ao vice-prefeito Dilmar Mattioni em que pé está essa promessa. Me disse que a intenção é avançar nessa meta prometida. Por outro lado, a administração municipal estuda a possibilidade de locação de maquinário pesado para desafogar a grande demanda existente. Mattioni justifica que o grande problema para trabalhar com maquinário próprio é a burocracia imposta por lei para consertar um veículo/máquina da prefeitura, que chega ficar 5 ou mais meses em conserto. Já o conserto de maquinário locado é por conta do locador, não passa pela burocracia pública, portanto, muitíssimo mais rápido, disse o vice-prefeito.
RADAR
Os cinco deputados federais e os cinco estaduais do PL gaúcho, reunidos na última segunda-feira discutiram e ratificaram a composição da chapa majoritária para a eleição de 2026. Como pré-candidato ao governo do Estado permanece o nome do deputado federal Luciano Zucco e para o Senado, além do deputado Giovani Cherini, foi incluído o ex-ministro Onyx Lorenzoni.