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Colheita do milho em alta qualidade e rendimento em Santo Augusto

 

No tocante ao município de Santo Augusto, segundo dados do escritório local da Emater, a presente safra oferece boas perspectivas de rendimento, tanto em quantidade quanto em qualidade do produto. No município, a área cultivada com milho para produção de grãos, na presente safra, foi de 4.000 hectares, mais 1.000 hectares plantados com a finalidade de produzir forragem para alimentação bovina. Da área plantada, em referência, devido à alta qualidade do milho e rendimento superior verificado, 200 hectares migraram para a produção de grãos, portanto, a área a ser colhida de milho passou a ser de 4.200 hectares. Considerando que é uma planta importante para a alimentação humana e animal, e também, para fazer a rotação com a lavoura de soja, a área de plantio ainda é bastante baixa, uma vez que deveria atingir no mínimo 30% da área cultivada com soja, cuja área ideal seria em torno de 10.000 hectares, sugerem os técnicos.

 

Condições climáticas

No tocante às condições climáticas, foram favoráveis para a presente safra de milho, salvo algumas exceções pontuais. O rendimento médio previsto inicialmente foi de 10.800 kg/ha, no entanto, e felizmente, no momento está sendo verificada uma produtividade ainda melhor da projetada, porém, a área técnica da Emater prevê que o fechamento final deverá ficar na faixa dos 10.800 kg/ha.

 

Colheita

Quanto a colheita, é estimado que até momento em torno de 40% da área plantada já esteja colhida e apresentando ótima qualidade e produtividade.

 

Armazenagem

Já a armazenagem do milho, fator fundamental para a conservação do grão em umidade ideal de 13%, há bastante carência estrutural nas propriedades para realizar a limpeza, a secagem e armazenagem dos grãos colhidos. Assim, esse serviço acaba sendo realizado pelas cerealistas e cooperativas que de modo geral também têm pouca capacidade de armazenagem por longo tempo.

 

Mercado

Com relação ao mercado, foi ofertado para contratos futuros até R$ 40,00 à saca de 60 quilos, porém veio decrescendo de acordo com a aproximação da colheita. Hoje, o mercado está em torno de R$ 25,00/saca. Outros fatores influenciaram a redução do mercado, como a perspectiva de colheita em todo o País, a baixa do dólar e a perspectiva do milho safrinha a ser cultivado no oeste brasileiro. Um fato interessante, segundo a Emater, é a falta de convicção e percepção do produtor em fixar antecipadamente parte da safra, sempre imaginando que os preços irão aumentar, sem levar em conta os custos de produção.

 

Milho safrinha

O tão falado milho safrinha, este ano terá redução drástica ou até inexistir para produção de grãos tão somente, porque o zoneamento agrícola para o plantio de milho, no município de Santo Augusto, encerrou em 20 de janeiro. Também, a produtividade e qualidade do produto fica aquém do desejado pelo produtor e pelo mercado. As áreas já colhidas de milho migrarão para o plantio de soja e feijão que pela estimativa atingirá 700 (setecentos) hectares de feijão.

 

Milho Silagem

Conforme referido inicialmente, foram plantados com objetivo de produção de forragem, mil hectares de milho. Porém, 800 hectares foram suficientes para suprir a necessidade e a capacidade de estocagem construídas (silos), fazendo com que 200 hectares inicialmente destinados para a silagem, passassem a ser colhidos como grãos.  A qualidade da forragem foi superior a estimativa de 35.000 kg de massa/ha, atingindo uma produção próxima de 50.000 kg/ha, o que justifica a redução de área para silagem. É estimada uma área de safrinha para a produção de silagem, de 500 ha, embora seja sabido que a qualidade é menor em relação ao milho safra.

           

 

Soja e as perspectivas para este ano

 

A área de soja no município de Santo Augusto este ano ocupa 34.500 hectares, com produção inicial estimada em 3.500 Kg/ha.

Até o momento, o desenvolvimento da cultura é ótimo em fase de frutificação, em sua maior parte em enchimento de grão tem gerado expectativa ainda superior a projetada. Se fosse hoje, poderíamos afirmar que é superior, porém, teremos que aguardar a proximidade da colheita para confirmar tal expectativa, opina cauteloso o técnico Romeu Rodhe.

O mercado vem se mantendo estável, apesar de ter havido uma expectativa de preços melhores por parte do produtor, frustrando a vontade da maioria. Houve pouca venda futura, cujo mercado ofereceu em determinado momento R$80,00/saca de 60 Kg. Segundo analistas de mercado, a bolsa de Chicago vem apresentando alta do Buschel em relação ao ano passado, porém, o que está limitando o preço ao redor de R$ 65,00/as é o dólar valorizado que hoje atua ao redor de 3,12.

Fonte: EmaterRS/ASCAR

 

 

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