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Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior complexo mariano do mundo

Basílica de Aparecida vista da parte de trás, com entradas para o subsolo.

A Catedral Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional, campo sagrado para cristãos católicos, é um lugar de grande inspiração e testemunho de fé, localizada no município de Aparecida, no Vale do Paraíba, interior do estado de São Paulo. É o maior templo católico do Brasil e o segundo maior do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Também é o maior espaço religioso do país, com mais de 143.000m² de área construída. Só a basílica tem quase 72.000m², o equivalente a oito campos de futebol. A parte interna acomoda 30 mil pessoas em torno do altar. É um ambiente de paz e reflexão, com uma estrutura fantástica para receber fiéis, oferecendo várias atrações para toda a família dentro do complexo que abriga o Santuário Nacional.

A história da igreja Nossa Senhora Aparecida revela ideias, coragem, e união de forças de pessoas simples, trabalhadoras, de fé, que com a participação, doação e as mãos fizeram e continuam a fazer a história da Paróquia.

A estrutura foi solenemente sagrada em 4 de julho de 1980, pelo Papa João Paulo II, quando ele visitou o Brasil pela primeira vez. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elevou a nova basílica a Santuário Nacional, que se localiza no centro da cidade, tendo como acesso a “Passarela da Fé” (foto abaixo), com 392 metros de extensão, que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas pelos romeiros. Muitos peregrinos e pagadores de promessa atravessam a passarela de joelhos.

Passarela da Fé, ligação entre a basílica velha e a basílica nova.

Três Papas, João Paulo II, Bento XVI e Francisco, já visitaram a Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Em novembro de 2016, por decreto do Papa Francisco, a basílica foi elevada à dignidade de igreja-catedral da Arquidiocese de Aparecida. O santuário é visitado anualmente por aproximadamente 12 milhões de romeiros de todas as partes do Brasil. Em 2017, o santuário registrou 13 milhões de visitantes, o maior de sua história.

O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida é dirigido e administrado pelos Missionários Redentoristas da Congregação do Santíssimo Redentor, desde 1894.

Em meados da década de 1940, os missionários da Congregação Redentorista perceberam a necessidade de se erigir um novo templo para devoção do povo para com Nossa Senhora da Conceição Aparecida: era preciso um espaço mais amplo, que comportasse mais pessoas. Dessa necessidade, surgiu a ideia de se construir não uma qualquer igreja maior, mas uma basílica.

Benedito Calixto Neto foi o arquiteto contratado para a elaboração do projeto, que foi pedido em forma de cruz grega. Em 1945, o então cardeal de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta levou ao Vaticano o projeto da, então, futura basílica, que foi julgado como brilhante pela comissão examinadora.

Infraestrutura

O Santuário Nacional possui uma ampla e completa rede de infraestrutura para receber tantas pessoas no decorrer dos dias.

No complexo existem setores definidos para “Achados e Perdidos”, onde os objetos perdidos são encaminhados para a Secretaria Pastoral ou para a Central de Informações, à disposição de seus donos. Quanto às pessoas que se perdem de seus acompanhantes ou grupos, existe o “Ponto de Encontro”, que dispõe de funcionários treinados e de um sistema de som.

Com relação à acessibilidade, o Santuário Nacional dispõe de rampas de acesso ao templo e ao subsolo, elevadores para a visita do Mirante da Torre Brasília, pisos e rampas emborrachados e antiderrapantes.

Há também, ambulatório médico, que fica ao lado leste da Basílica, próximo à Passarela, para assistência de emergência ou de urgência, um serviço gratuito que conta com médicos, enfermeiras e atendentes.

Já, o Centro de Apoio ao Romeiro, popularmente conhecido como shoppinho (foto abaixo), foi planejado para proporcionar comodidade, lazer e acolhimento. Possui uma grande praça de alimentação com vários tipos de restaurantes, 380 lojas em 36.000m², quiosques, fraldários, caixas bancários, bebedouros, aquário, ponto de encontro e parque de diversões.

Centro de Apoio ao Romeiro

O Santuário possui um pátio de estacionamento com capacidade para 2.000 ônibus e 3.000 automóveis particulares, e dispõe de socorro mecânico e seguro contra furto ou roubo de veículos.

O complexo do santuário conta com cerca de 200 agentes de segurança. A polícia militar mantém permanente reforço da segurança interna e externa; e existe um moderno sistema de câmeras, com 48 equipamentos fixos e oito móveis, com monitoramento 24 horas/dia, além de viaturas e motocicletas que fazem rondas dentro dos muros do Santuário Nacional.

Campanário

O Campanário (foto) foi inaugurado em dezembro de 2016 e integra as obras do Jubileu Mariano. Com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, o campanário tem 13 sinos, uma vez que somado aos 12 dedicados aos apóstolos, o sino maior, o décimo terceiro, é homenagem a Virgem de Aparecida e a São José. À noite, recebe iluminação especial. Fica próximo da Passarela da Fé.

O que mais visitar

Para ver tudo o que a Basílica em todo seu complexo tem a mostrar, é impossível com menos de três dias de visitação.

O roteiro depende do objetivo do visitante. Mas o que mais se ouviu é que o objetivo principal é assistir à missa, cujas celebrações acontecem em vários horários, praticamente de hora em hora. Depois, pode ser seguido um vasto campo de peregrinação percorrendo museus, lojinhas, mirantes e espaços contemplativos, enfim, é uma infinidade, impossível de visitar num ou dois dias.

Para se ter uma ideia, só no subsolo da Basílica, estão a Sala de Promessas, Casa do Pão, dezenas de lojinhas, livraria, fraldário, banheiros, água potável, Capela dos Batizados, Salão dos Romeiros, marcação de missas, além de um espaço dedicado às crianças e um estúdio da TV Aparecida com transmissão ao vivo de missas e alguns programas e telejornais.

Na Torre de Brasília, tem o mirante (100m de altura), o Museu Nossa Senhora Aparecida e a central de informações.

Também, no Memorial da Devoção, que é um complexo turístico anexo ao Santuário Nacional, são imperdíveis o “Cine Padroeira” e o “Museu de Cera”. O “Cine Padroeira” é um cinema estilizado que utiliza cinco telas para transmitir um curta de 15 minutos sobre a história de Nossa Senhora Aparecida. Já, o “Museu de Cera” retrata a aparição da Santa no Rio Paraíba, e os milagres atribuídos a elas. Além disso, o espaço também destaca personalidades religiosas, políticas e famosos que têm relação com a Santa.

No ano passado, 2017, foi celebrado o tricentenário do encontro da imagem da santa nas águas do Rio Paraíba por pescadores da região, resultando numa pesca milagrosa. Foi a primeira de muitos fenômenos atribuído a Nossa Senhora, a “Aparecida” nas águas do rio.

Três pescadores, uma rede e um milagre

Há 300 anos, uma pescaria se transformou num dos fatos mais importantes do catolicismo brasileiro. Atentos à ordem da Câmara de Guaratinguetá de obter o máximo possível de peixes para recepção do novo governador, três pescadores – Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves – jogaram as redes no Rio Paraíba. Passaram horas sem nada conseguir até que, no Porto Itaguaçu, pescaram uma imagem de barro decapitada. Em seguida, encontraram a cabeça de Nossa Senhora da Conceição. Minutos depois, já havia tanto peixe que mal conseguiam carregar. Décadas depois, a escultura negra de 37 centímetros se tornaria um dos símbolos do País e, já como Nossa Senhora Aparecida, ganharia do papa Pio XI em 1930 o título de Padroeira do Brasil.

Os três pescadores quando encontraram a imagem de N. S. Aparecida

 

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