Há um ano atrás, Joaquim Barbosa, presidente do STF, determinou que os passaportes dos mensaleiros fossem recolhidos. No caso de criminosos com dois passaportes, como é o caso de Henrique Pizzolatto, que tem cidadania italiana e está foragido naquele país, o presidente do STF determinou a apreensão dos dois passaportes. Para Joaquim Barbosa, era “inteiramente inapropriada” qualquer viagem ao exterior dos réus já condenados sem conhecimento e autorização do STF. O ministro declarou que a retenção dos passaportes era “imperativa” para garantir a eficácia da decisão final da Corte no processo, uma vez que os réus têm poder político e econômico. À época, o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, informou que entregaria os passaportes brasileiro e italiano, mas que iria contestar a decisão do Supremo Tribunal Federal, um “precedente gravíssimo de exceção”, segundo o advogado dele. Para Marthius Sávio Lobato, é “inédita, antes da sentença transitada em julgado”, a decisão de recolher os passaportes dos réus, além de “afrontar a soberania”. Posteriormente, foi noticiado que os passaportes haviam sido entregues ao STF. Como se pode ver, o bandido já tinha a intenção de fugir para a Itália. E o fez com passaporte falso, cometendo mais um crime além de roubar os cofres públicos em cerca de R$ 170 milhões no Mensalão do PT.