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Banco do Brasil explica no Senado apuração sobre desvios de dinheiro do PRONAF em Santa Cruz do Sul

O vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, falou na manhã desta quinta-feira na Comissão de Agricultura do Senado. Ele prometeu contar tudo sobre as sindicâncias abertas para apurar grossa corrupção envolvendo gente do banco, políticos do PT e pequenos agricultores da região do Vale do Rio Pardo, tudo por conta de empréstimos fraudulentos do Pronaf. A Polícia Federal está concluindo investigações sobre o caso, mas não tem mais falado sobre o assunto. O que aconteceu é que entidades ligadas a pequenos agricultores, todas aparelhadas pelo PT, intermediavam e se apropriavam de valores milionários tomados emprestados no nome dos associados. O caso estourou quando começaram as cobranças. Muitos produtores se suicidaram. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a presidente da Comissão de Agricultura. Osmar Dias informou que no dia 30 de maio serão encerrados os trabalhos de auditoria sobre o desvio de recursos do Pronaf, na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Até o momento 8 empregados das agências de Santa Cruz e de Sinimbu foram afastados por envolvimento no escândalo. O Banco do Brasil estima os prejuízos causados aos pequenos agricultores lesados em 80 milhões. Pelo menos 50 empregados do Banco do Brasil poderão resultar punidos. A força-tarefa criada pelo Banco do Brasil para investigar corrupção nos financiamentos do Pronaf no Vale do Rio Pardo analisou as 4.226 operações de crédito realizadas via Associação Santacruzense de Pequenos Agricultores Camponeses (ASPAC) envolvendo um total de 1.493 produtores. Destes, pelo menos, 218 foram lesados, alguns em mais de um contrato. A Aspac é dirigida por lideranças do PT. Osmar Dias disse que ainda não é possível precisar o valor total do prejuízo, mas não são os R$ 88 milhões divulgados inicialmente. Esse montante se refere a todos os contratos realizados via ASPAC no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2014: "Só vamos chegar à conclusão quando a auditoria terminar, pois, por políticas internas do Banco do Brasil, não há divulgação de relatórios parciais. Não temos o valor do prejuízo, mas os produtores não vão ficar com o prejuízo". Entre os indícios encontrados até o momento estão fraude na Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), desvio de finalidade dos recursos, dossiês de operações não localizados, liberação de recursos para terceiros sem autorização e liberação de recursos na conta da ASPAC.

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