O presidente da Assembléia do Rio Grande do Sul, deputado estadual Gilmar Sossela, de PDT, resolveu dar andamento aos dois pedidos de impeachment protocolados pelo ex-deputado João Luiz Vargas (quatro mandatos, ex-presidente da Assembléia, ex-conselheiro e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estados). Os dois pedidos de impeachment do governador petista, o peremptório "grilo falante" Tarso Genro, irão agora para a Comissão de Constituição e Justiça, conforme previsão do Regimento Interno. O primeiro dos pedidos, que se refere ao esbulho do Fundo de Custas Judiciais, não andou sob a direção anterior do deputado estadual Pedro Westphalen, que mandou engavetar a representação de João Luiz Vargas. No último pedido, João Luiz Vargas acusa Tarso Genro pelo crime de responsabilidade no caso da proibição de intervenção das forças de segurança para garantir o cumprimento de decisão judicial sobre a garantia aos serviços de transporte coletivo em Porto Alegre. O governo perdeu a maioria na Assembléia Legislativa desde que PSB e PDT saíram da base. Isto significa que pedidos de impeachment poderão ir até a decisão final do plenário. Os pedidos do ex-deputado do PDT vinham sendo tratados com descaso pela Assembléia Legislativa e pelo peremptório "grilo falante" Tarso Genro, mas ao ganhar curso no Legislativo, o caso vira incidente político e não tem como mais ser ignorado pelos deputados, pelo governo e pela imprensa, até porque o mandato do governador está agora ameaçado.