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Alternância ou continuísmo no poder? Cabe ao eleitor decidir

As campanhas eleitorais, oficialmente se iniciaram e estão nas ruas com vista à eleição para prefeitos e vereadores em todos os municípios brasileiros. Amparados pela legislação, muitos prefeitos concorrem à reeleição. Aliás, temos inúmeros exemplos de mandatários que permanecem no poder apesar de exercerem governos sem programa, administrações medíocres e sem realizações relevantes. Isso demonstra o quão frágil é a percepção do processo político pelo eleitorado.

Os políticos na busca de perpetuação no poder, apostam na sublimação do personalismo, na comédia, na camuflagem dos problemas, e especialmente, no comodismo de todos os que aprovam sem questionamentos as mais descabidas proposições, os que não se importam conquanto não sejam incomodados.

Muitas vezes, alguns políticos se apoiam mesmo em capangas, usando o prestígio político e o poder para afrontar a lei e aliciar, subornar, oprimir e humilhar. Os necessitados submetem-se a esses métodos, contrariando as suas consciências de pessoas dignas, com receio de perder o emprego, o serviço ou o fornecimento para a prefeitura.

A possibilidade de reeleição torna os dirigentes permanentes frequentadores de palanque com discursos vazios eleitoreiros de promessas futuras, clara evidência da distorção. Essa prática do continuísmo direto ou indireto, não raro, é alvo de muitas denúncias, como por exemplo, corrupção eleitoral, desvios de verbas, licitações viciadas, favorecimentos e outras imputações de improbidades afins.

Não à toa, a alternância de poder é imprescindível para que novos métodos políticos e administrativos sejam introduzidos, colocando um fim em eventuais vícios políticos.

É vazia a ideia de que a permanência por mandatos seguidos seria reconhecimento ao trabalho e uma necessidade de continuidade das políticas implantadas. É necessário ter em mente que os bons projetos e políticas públicas deixadas em andamento, não podem e não devem ser interrompidas pelo prefeito que assume. O tiro sai pela culatra, interromper tais mudanças no meio do caminho é, na verdade, uma maneira de frustrar a alternância no poder.

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