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Afinal, quantos e quem serão os candidatos a prefeito em Santo Augusto? (UM, DOIS OU TRÊS?)

Fim do voto ideológico

 

Comparando os resultados entre uma eleição e outra, conclui-se que o voto ideológico está cada vez mais escasso. E isso abre perspectivas em matéria de eleições municipais. Esse comportamento do eleitor pode ter explicações lógicas. Entre elas, que o eleitor tenha se dado conta que o voto ideológico é, antes de tudo, um voto burro, um voto que fecha os olhos aos dados da realidade presente, uma vez que o eleitor ao abrir mão do seu senso crítico, torna-se surdo a qualquer argumento racional. A ideologia é uma espécie de suborno moral que, do ponto de vista prático, produz no contingente de eleitores afetados por ela o mesmo efeito que o suborno assistencialista produz no voto do miserável. Na verdade, a ideologização extrema é o exato contrário da politização. Ela relativiza o certo e o errado, embaraça as consciências, inviabiliza o debate e impossibilita os consensos.

 

 

Alternância no Poder

 

Depois da sequência de três mandatos da coligação Aliança por Santo Augusto com Alvorindo Polo prefeito (93/96), seguido por Naldo Wiegert (1997/2000), e Florisbaldo Polo (2001/2004), sempre houve alternância na administração municipal entre as coligações União por Santo Augusto e Aliança por Santo Augusto, ou seja, em 2004 a União venceu, em 2008 foi à vez da Aliança e, em 2012 voltou a União por Santo Augusto. Só que isso não serve de parâmetro. Para a eleição deste ano, com uma oposição “ainda” desarrumada, com os partidos de situação desencontrados e, com a articulação de um (improvável) consenso em andamento, tudo ainda é nebuloso.

 

 

Afinal, e os candidatos?

 

Apesar de estar marcada para este sábado “mais uma” reunião dos partidos políticos, já se pode antever que novamente a proposta de candidatura única e de consenso para prefeito de Santo não prosperou. Sendo assim, cabe aos partidos tomarem seus rumos e definirem seus candidatos. O PMDB já tem praticamente definido Naldo Wiegert como candidato; o PDT, apesar de acanhadas manifestações de colocar o vice na chapa de Naldo, não é totalmente certo, podendo romper a coligação e lançar candidato próprio. (É uma possibilidade). A Aliança por Santo Augusto mostra simpatia por coligar-se com o PMDB, inclusive inclinada a aceitar Naldo como cabeça de chapa. Do contrário, mesmo diante da resistência de Florisbaldo, não se pode descartar sua candidatura.

 

 

Seu voto para vereador

 

Grande parte dos atuais vereadores, em todos os municípios brasileiros, deverá buscar mais um mandato nas eleições de outubro. O eleitor, diante da descrença para com os políticos, por certo fará minuciosa avaliação para ver se vale a pena reeleger um vereador. Por exemplo, se o vereador pensa nele mesmo, se tem a política como carreira, por que você vai votar nele de novo? Aquele que assim procede é um exemplo claro de que só cuida de seu salário e de sua família. Vereador assim, que transforma o cargo eletivo em profissão, não deve ser reeleito. Mas o que dizer de eleitores que votam em vereadores dessa estirpe? Antes de depositarmos o voto é preciso pensar sobre nossos desejos como cidadãos, o que queremos para a sociedade e o que o candidato pode fazer, se eleito. É preciso ser responsável também na hora do voto. Por isso, é fundamental o eleitor saber qual é, efetivamente, a intenção do candidato. 

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