Pesquisar
Close this search box.

A TRAJETÓRIA E O DESTINO

Fachin foi lá dar uma aula. Está a meio caminho de entrar para o time mais poderoso e imbatível da Justiça brasileira. Que não se questione a trajetória de Luiz Edson Fachin, nem como advogado e juiz ao mesmo tempo, nem como defensor da CUT ou como persona grata ao PT; que se questione, isto sim, o caminho e o destino, o lugar para onde ele vai. 

 
Seu roteiro rumo à maior instância do poder judiciário começou no Palácio do Planalto, detentor do poder de sua escolha; passa agora pela Comissão de Constituição e Justiça de um Parlamento que na escalada da credibilidade popular é uma área de alto risco e baixos índices; e vai acabar na mais alta corte de julgamentos e decisões jurídicas definitivas de uma nação. 
 
Para um país de democracia combalida e manipulada, nenhum tribunal deveria ter esse poder supremo. Esse poder desmedido só pode mesmo caber numa terra desgovernada e desapropriada indebitamente, como esse Brasil de Congresso desengonçado e Executivo estulto e incapaz que fica à mercê do espírito altivo e alcandorado de cada um dos onze ministros de poder absoluto de decisão.
 
Mas a brava gente brasileira já se acostumou com isso, razão pela qual se dá tanta importância para uma sabatina a que um douto se submete aplicada por uma comissão de fachada solene, constituída por indagadores de pouco, ou até nenhum saber jurídico, se comparados os conhecimentos entre os perquiridores e o perquirido. 
 
Enquanto se discute a sabatina, não se rezinga nem se questiona a própria essência do Supremo Tribunal Federal – hoje, sabidamente, mais um aparelho do governo que nos manda e desmanda. Tanto faz que seja um Luiz Fachin, um Dias Toffoli, um Ricardo Lewandowski… 
 
Eles completam o quadro imbatível de 11 ministros doutos e dotados de um poder supremo ao extremo. Nem sei como se animam a jogar num time assim; jogam em um clube que apenas ganha, não perde nunca. Por Sergio AO Siqueira

Categorias

Categorias

Arquivos

Arquivos