Vice-presidente do Grêmio, Antonio Brum, posicionou Roger Machado como coadjuvante em sua longa e vitoriosa passagem pelo clube
Por Diogo Oliveira – GZH
Gre-Nal 443 será realizado neste sábado (19), às 16h.Ivan Pacheco / Agencia RBS
O clássico deste sábado ganhou a sua grande polêmica no finzinho da Semana Gre-Nal. Na quinta-feira (17), o vice de futebol do Grêmio, Antonio Brum, foi ao Sem Filtro, programa diário no YouTube de GZH, e posicionou Roger Machado de coadjuvante em sua longa e vitoriosa passagem pelo Tricolor, se comparado a Jardel ou Adilson, companheiros nos anos 1990. Brum fez até alusão a Bruno Cortez, do time de 2017. Ídolos: Luan e Maicon. Cortez, não.
Em condições normais, nada demais. Cada um escolhe os seus ídolos livremente, sem prejuízo aos não-eleitos. É algo pessoal. Só que, faltando horas para um Gre-Nal, não há condições normais. Sendo o primeiro clássico de Roger em vermelho, é impossível não tomar a frase de Brum como uma baita alfinetada, para dizer o mínimo.
Manobra e risco
É claro que a provocação vai para o vestiário do Inter sob forma de vitamina. De propósito ou não, inadequado ou não, Brum foi corajoso. Isso ninguém pode negar. Colocou-se no meio do debate. Apostou alto. Se ganhar, crescerá no imaginário da torcida. Se perder, será alvo de memes e recortes. Como tudo isso afetará o Inter? Se a adrenalina subir demais, o risco é tisnar a lucidez da organização tática. Mas se vier na alma e no suor em defesa do técnico, o tiro de Brum pode sair pela culatra.
Pós-enchente
Pelo menos a polêmica de Brum tirou um pouco o holofote do apito. Os choros sobre Bruno Arleu estavam chatos e velhos. Melhor o folclore próprio do Gre-Nal, envolvendo um dirigente no cargo, de um lado, e um grande personagem, de outro.
O favoritismo do Inter é respaldado pelo fator local e a invencibilidade de nove jogos, mas ficou menor diante do novo Grêmio, mais defensivo, e de ótima campanha no returno. Que seja um Gre-Nal sem briga, este primeiro em Porto Alegre após a enchente.