Marina Silva, a “santinha da floresta”, comunista ex-militante do PCdoB e do PCR, disse esta semana que sua candidatura “ainda está em processo de definição”. Ela falou isso na manhã de sábado, em Porto Alegre, durante a reunião de seu partido, a Rede Sustentabilidade. Em 2014, Marina Silva recebeu 22,2 milhões de votos no primeiro turno da corrida ao Planalto, ficando em terceiro lugar. Sobre a disputa anterior, Marina Silva disse que foi marcada pela “campanha do ódio, da corrupção, da mentira e do medo”.
Claro, como ela é uma “santinha da floresta”, ela não faz nada disso. A ex-ministra petista tem viajado pelo Brasil para participar de encontros de seu partido. Antes de falar aos correligionários em Porto Alegre, palestrou sobre sustentabilidade para universitários na noite de sexta-feira em São Leopoldo, na região metropolitana, na esquerdopata Unisinos. “Voltei agora de Sergipe, estou no Rio Grande do Sul hoje, amanhã estarei em São Paulo, essa é a minha rotina de vida”, comentou.
Enquanto Marina Silva não anuncia sua decisão, políticos da Rede ventilam outras possibilidades para a candidatura própria. Se antes já se falava na chance de uma chapa com Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, agora é o nome do também ex-ministro do Supremo, Ayres Britto, que tem ganhado força na Rede.
“O ministro Ayres Britto é um amigo querido, conversamos muito, mas nunca falamos sobre filiação. Ele nunca declinou nenhum interesse para participar do processo político eleitoral. Ele é uma figura política que tem ajudado muito o Brasil”, disse Marina sobre a participação do jurista em uma chapa majoritária. “Tem que ver se ele está disposto. É uma possibilidade também, pela proximidade com Marina”, disse a VEJA o deputado federal João Derly (Rede-RS), também ex-comunista, eleito pelo PCdoB.
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Sobre a polarização política que tem dividido o País, a “santinha da floresta” Marina Silva disse que “se multiplica como pepino na cerca”, expressão em referência à planta trepadeira que se desenvolve com rapidez. E considera o fenômeno como prejudicial ao Brasil. “O Brasil é um país que tem vivido sobre a égide da polarização: República x Império, Arena x MDB, Ditadura x Democracia, PT x PSDB. Isso tem feito muito mal para a sociedade brasileira. Esse é um momento de encontrar um caminho que não seja do embate, do ódio, que se discuta as propostas e não os rótulos como foi em 2014. Em 2014, não se debateu o Brasil”, falou ela, apresentando-se, é claro, como a Madre Teresa de Calcutá do Brasil, como se fosse possível eliminar toda a sua história política revolucionária.
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